cartas a mim

Algum lugar, 08 de março de 2024

Para mim

Há muito, busco o sentido da minha existência, e quantas vezes acreditei que a encontrei, percebi que não passara de meros enganos? A vida é mesmo uma loucura. Quantas vezes me iludi, e não foram com pessoas, mas com minhas próprias utopias? Viver é para os corajosos. Explicar, orientar, aconselhar, sugerir sobre as vivências alheias é muito mais fácil do que dirigir nossos rumos. Nem sei porque escrevo hoje, talvez por falta de presença humana que eu possa compartilhar minhas lamurias. Então, tenho a impressão que estou no percurso certo, mas uns instantes de reflexões me levam a outro horizonte. Um horizonte nada confortável, cheio de culpas, responsabilidades que não consigo cumprir, necessidades que não priorizo, tristezas que não saram, egoísmos que me fazem mal - literalmente um ser em busca de sentido para a própria existência- Objetivos vazios que não fazem sentido para mim. Detesto este socialmente conveniente.

Escrevo para mim, mas gostaria de escrever para Deus. Direciona-me, ser superior que dedico minhas crenças! Entrego-te minhas decisões e ações. Minha pretensão é sempre fazer o bem, cuidar dos meus; não sei o que falta e qual caminho seguir. É muito difícil não ferir quando se tem dos dois lados. Para onde devo olhar? Para onde devo ir? O que eu tenho a oferecer? como organizar tantos pares? Como decifrar tudo?

Oh, serzinho, tu és pura que parece perdida. Desejo que seja direcionada para o melhor caminho, que seja mais leve, e que encontre o sentido perdido.

At.te.:

O outro eu perdido