(Re)conhecer

Nossa alma reconhece o que é conhecido. (Re)conhecer tem a ver com o já visto antes, já conhecido por nós, como um caminho já percorrido.

O que é novo, o que tem um novo jeito de se fazer, de ser, de dizer, que não traz a marca, a identidade do que já conhecíamos torna-se difícil (re)conhecer.

Podemos nos abrir para o novo, para um outro jeito de fazer, de ser, de viver, falar, poetar, mas estaríamos conhecendo esse novo e não (re)conhecendo. E teríamos de ter alguém nos dizendo: olha, esse, essa... sou eu agora.

E ainda assim reside nessa jornada o fato de que podemos nos enganar. Entendermos estar indo por um caminho desenhado no mapa pelas mãos que desenharam os já trilhados e esse caminho sequer ser o que nos é esperado trilhar.

Beijo.

Se cuida.

Fica bem.

Da Maria.