Sobre amor, tempo e outras vidas
Sinto que te conheço de outras vidas desde a primeira vez em que apanhei aquela carta no chão gelado do meu apartamento.
Te conheço de outras vidas... Sim, te conheço!
Mas não tão profundamente para entender as coisas que o teu silêncio fala...
Fico supondo e tentando entender...
E quando acredito que tudo isso possa ser real, penso se não são minhas vontades inventando as tuas.
- Será que ele tá pensando nas mesmas coisas em que eu penso?
- Será que ele deseja as mesmas coisas que eu desejo?
Será que ele tá pensando em desistir?
(Silêncio)
Não tem ninguém de testemunha.
E tudo que temos é só nosso.
Nos entendemos no olhar, no toque...
Nos espaços que sobram entre nossos fantasmas e nossas risadas.
Dividir essa vida com você parece bom!
(Silêncio)
- Será que eu tava mesmo na sua cabeça, da mesma maneira em que você estava na minha?
E se não tivesse? Pode dizer.
É que você nunca saiu da minha.
E quando tento entender tudo isso, eu sinto que é um sentimento antigo, amadurecido e adormecido, que estava congelado talvez, presos no tempo e guardado desde nossas outras vidas.
Cada segundo é pouco do teu lado.
E eu já nem lembro quanto tempo faz que eu te amo.
Só que te quero pro resto de nossas vidas.