Velha Carta
 
Só um coração românico pediria para escrever uma carta
E Somente um coração apaixonado escreveria
Pois a vida atropelou o romantismo em nome da moderna tecnologia
Mas para dois apaixonados não ha nada mais adequado
Uma longa carta hoje quero te escrever
Preciso dizer  que meu amor já não se expande em todas as direções,
mas se concentra em você
tonando-se cada vez mais imenso e intenso,
pois conheceu o sabor do seu correspondente verdadeiro
O amor é independente, sorrateiro, impetuoso e inconsequente
Que leva um homem ao êxtase, a loucura, ao paraíso e a perdição
Mas também é plenitude do viver
Concorre com a razão que corta-lhe as assas e o algema ao chão
O duro chão da realidade das forças racionais
Então, digo-te nesta linha meu amado amor
Que não é falta de calor, tampouco de desejo que me distancia de você
Mas é a necessidade de cumprir meu dever, de honrar a palavra e a responsabilidade de zelar pelos que preciso tutelar
Então o amor se digladia com outro tipo de amor e sacrifica a plenitude de viver ao lado teu
E nesta batalha intima você é meu carrasco e meu anjo,  meu paraíso no inferno, minha razão de viver meu desejo de morrer.
Morre para em espírito te encontrar, virar teu obsessor de amor e de ti nunca me separar.
Pois minha amada é esta vida que levo distante de você, sonho acordado e durmo ao teu lado, tudo simultaneamente, enquanto em minha mente tento decifrar este labirinto que a vida conseguiu me colocar.
Assim na mais profunda dor vou vivendo, encoberto com este intenso amor, que anestesia o punhal que dilacera meu coração, enquanto espero a primavera e nas flores o teu perfume pra me aliviar.
Amo-te, ama-me!
Jaìr A Paùlétto
Enviado por Jaìr A Paùlétto em 11/09/2017
Reeditado em 11/09/2017
Código do texto: T6110743
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.