CERTA DESPEDIDA

Sabe querida, eu sempre te mostrei provas do meu eterno amor que afoga um viver nas loucuras de um homem apaixonado, mas quando o inverno passar e o outono surgir, quando todos os jardins florescerem e o teu não florir, cairás na real situação. Ainda hoje estará bebendo, dançando, e não vai importar-se com a minha solidão. Porém quando tudo isso passar que você encontrar-se com um travesseiro ocupando meu lado ao teu, e a saudade te abraçar de forma tão agressiva que mesmo com o coração cheio vai sentir-se tão vazia, pois ele estará transbordando de dor.

Nesse momento um sentimento de desejo vai te inundar iras me ligar e eu não vou atender, pois meu ego sempre lembra do dia que me deixou partir sem que eu ouvisse sair da sua boca “fica, vamos tentar conversar e resolver essa estória como adultos”. Que eu até poderia ficar e amar-te incondicionalmente.

Desde então começou a contar os dias da minha ausência, pois essa sim mostrou o verdadeiro e grande espaço que meu pequeno corpo ocupava dentro do seu, e isso te apresentou de uma forma tão agressiva que só a palavra dor será pequena de mais para intitular o que você sentiu. Não que o desfecho da estória seja nesse ponto de vista que descrevo agora, mas foi no mínimo você bebendo seu próprio egoísmo.

Jonas Henrique
Enviado por Jonas Henrique em 19/03/2017
Reeditado em 01/06/2017
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