Torres, 01 de março de 2017

Houve um tempo em que olhei para flores dentro das cercas e pensei: "Ah se eu pudesse sentir de perto esse perfume..."

Houve um tempo em que na inocência eu via a beleza do mundo.

Houve um tempo em que não incomodava se ponteiro do relógio correria depressa ou devagar, eu dava-lhe a liberdade de girar na velocidade que quisesse sem se envergonhar com meu olhar reprovatório.

Sabe, não me sinto confortável em dizer que minha visão do mundo tenha se tornado tão crítica.

Passando despercebida num aglomerado de tarefas e em meio a tantas pessoas que nem ao menos notam a existência umas das outras...

Estamos tão frágeis e tão previsíveis.

O relógio que possui apenas 24h tomou conta de nossas vontades, de nossa realidade e de nossos sonhos interrompidos por um despertador.

Nos tornamos robôs do tempo, máquinas capazes de gerar lucros pra um governo corrupto e incapaz de tomar conta de seu povo.

Quem irá salvar nossas mentes cansadas da auto-destruição?

A humanidade tem morada em nosso consciente?

As flores tem exalado preocupação, um cheiro triste e uma cor opaca. Em algum momento essa caminhada sem rumo pela estrada que apenas nos levará ao conflito com a dualidade, deixamos pelo caminho a escência da vida.

razão VS emoção

quem sairá vitorioso?

Essa guerra faz do psicológico seu campo de batalha.

Restori
Enviado por Restori em 01/03/2017
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