Meu amor é poesia.

Eu sempre acreditei num amor perfeito, em alguém que se encaixaria perfeitamente em mim. Desde sempre procurei por ele, escrevia para ele inúmeras cartas de amor e jogava no mar, na esperança de encontrar o meu par perfeito. Alguém que existia exclusivamente para se completar em mim. Mas que boba, deixei de acreditar, mudei meus conceitos e encarei a realidade de amar. Alma gêmea não devia mesmo existir.

No dia, exatamente no dia que eu desisti de amar, encontrei numa poesia meu amor perfeito. Que boba menina! Ele existia mesmo, e sempre esteve aqui, me procurando, me idealizando e assim como eu acreditando que eu fosse mera ilusão, mera criação da sua imaginação. Nossas almas clarividentes se reconheceram, se encaixaram, se completaram, ele era poema e eu poesia. Não estava mais sozinha.

Demos as mãos e elas se encaixam, nossas almas formam o perfeito laço, nossas palavras se completam e as vezes ele rouba as minhas e eu as dele. Não sabemos mais onde um começa e o outro termina. Essa é a nossa sina. Meu amor verdadeiro eu queria te amar de corpo inteiro para mostrar o quão verdadeiro somos e sempre seremos.

Sobre outras vidas, nunca acreditei, mas com você eu sinto que posso ir além desse mundo. Além de uma limitada vida. Nossas almas são gigantes que quase não são compreendidas. Mas a sua imensidão, cabe na minha. E para provar que tudo é perfeito, até moramos distantes, pois mesmo ausentes de corpo conseguimos nos fazer presentes e constantes.

Nos conhecemos a tanto tempo que nem sei bem quanto. Você resolveu todos os meus dilemas, meus problemas. De achar que alguém nunca ia compreender meus poemas. Você compreendeu e sentiu na mesma intensidade, pois afinal estamos sintonizados na mesma frequência.

E foi assim que achei meu grande amor, numa bela poesia.

Larice Almeida
Enviado por Larice Almeida em 02/03/2016
Reeditado em 09/12/2016
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