A carta que ela nunca enviou.

Preciso te dizer. Eu gosto de você.

É... Eu realmente gosto de você.

Te vejo como poesia, não só pela beleza

Mas pela dúvida que exalas;

Teus contatos são minimamente calculados

E eu continuo aqui... Sempre tentando compreender o incompreensível

A verdade é que eu me enganei, eu realmente me enganei.

Agora percebo essas contradições que Camões falava, esse querer e não querer.

Mas o que eu quero?

Eu só quero sinceridade. Mas eu me enganei. Talvez você sempre foi sincero. Nunca passou de conversas, filmes e sexo.

Eu me frustei. Eu criei expectativas. Fui boba, não?

Não sei como nasceu uma chama nesse coração gélido.

Ao escrever-te essa carta eu percebo que eu esperei. Esperei uma mensagem de bom dia, um oi no dia seguinte. Eu esperei.

Prometo não esperar mais.

Para nós dois não existe futuro, foi um devaneio meu, sou dada a imaginar coisas que não existem.

Quando afirmaste "Você não gosta de ninguém. Será se gosta um pouquinho de mim?" Sua pergunta não foi em um contexto amoroso.

Segurei-me para não responder e sorri. Tu não fazes ideia da vontade de dizer... Sim, eu gosto. Gosto de ti. Gosto muitíssimo.

Não compreendo porque com você não sou eu mesma. É estranho reconhecer isso. Te conheci em 2013 e desde então você me bagunça.

Eu não sou tua, tu não és meu. Isso ficou claro na última vez que nos vimos. Hoje é dia 27.12.2015 e eu me despeço de ti. Não sei explicar, mas sinto que esse dia é especial. Que te encontres e seja feliz.

Eu seguirei em frente...

She's lost control again...

Marla Freire
Enviado por Marla Freire em 27/12/2015
Reeditado em 19/02/2016
Código do texto: T5492031
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