Açoite ao Poeta

O amor açoita ao poeta, e este ainda grato, escreve poesia.

É como vento que agita as ondas do mar, provoca a fúria das aguas, mas o ondulado final é uma graça da natureza.

É como os flamingos róseos, que vivendo em águas envenenadas, transformam o veneno em cores, e ainda oferecem um balé de esplendor.

É como o húmus das folhas caídas, que fermentando sem vida, oferece fecundidade e beleza à flor.

Glauco Medeiros
Enviado por Glauco Medeiros em 10/07/2015
Código do texto: T5306701
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