Açoite ao Poeta
O amor açoita ao poeta, e este ainda grato, escreve poesia.
É como vento que agita as ondas do mar, provoca a fúria das aguas, mas o ondulado final é uma graça da natureza.
É como os flamingos róseos, que vivendo em águas envenenadas, transformam o veneno em cores, e ainda oferecem um balé de esplendor.
É como o húmus das folhas caídas, que fermentando sem vida, oferece fecundidade e beleza à flor.