À SAGRADA FAMÍLIA DE AYRES KOERIG. MINHA ADMIRAÇÃO.

UMA CARTA A ESTA INVULGAR FAMÍLIA DE TANTOS VALORES.

Que dizer de palavras recebidas que não mereço, por simplesmente reconhecer e encontrar um amigo extraordinário no RECANTO, Ayres Koerig, na seara do tempo, com ideias afins e princípios cristãos assentados, cada um com suas convicções submissos no respeito à Lei Moral do Cristo.

Recebo agora comovido, de sua filha Berenice, e sem condições de reciprocidade no mesmo tom, por faltarem palavras configuradas à altura pelo timbre da emoção, a chegada de reconhecimentos aflorados pelo agradecimento da doçura nascida do amor filial paterno, com raiz em uma educação lapidada, de um pai e professor, principalmente Professor da Vida, que semeou valores necessários à sociedade que deles carece para caminhar em humanismo rareado e praticamente extinto em nossos dias.

Só posso dizer Berenice, e quero que seja público, ter sido uma benção conhecer seu pai, ainda que à distância, pois nele e por ele minha ponte na transcendência buscada e indagada na fé se fortificou. Não em vão Jesus e seu Pai, Deus, como gosto de nomear, O Primeiro Movimento, alicerçam e agigantam nossa fé através desses incomuns personagens nessa passagem terrena, como seu pai, pessoas que passam como facho de luz para os enfraquecidos nas veredas do questionamento e sedimentam pelo sacrário do coração a fé incondicional como o Ayres professa.

“Muitos são os caminhos, a escolha é pessoal”, diz sua acuidade religiosa no especialíssimo livro de sua lavra, tragado de uma assentada, ‘MISTÉRIO NO CAMINHO”, saga das pegadas santas descrita em sua jornada sonhada e realizada no “Caminho de Santiago de Compostela”. Com o apuro dos Koerig destaca essa grande verdade tão pouco compreendida, a escolha que a própria dúvida elege. É da dúvida que surge a luz procurada nas setas amarelas, douradas, do estafante e reconfortante Caminho, no empirismo da colheita de visões das histórias materializadas. É no sacrifício que o brilho da luz mostra sua extensão para galgar maiores elevações. As mesmas que você descortinou.

Maravilhoso seu livro e o livro de seu filho Rafael, Doutor e Mestre, livro este que já começo a folhear, denso e de impositiva leitura acadêmica cuidadosa e hermenêutica, meditada, medida a exegese que demanda, um neto do Ayres faz surgir essa ourivesaria tomista que, inegavelmente, vê-se de leitura ainda "pela rama", é contribuição de fartos ganhos para a filosofia.

Como ressai da resenha de seu envolvente trabalho, obra de tomo e relevo sobre uma das maiores inteligências que visitou esse plano, “A CORAGEM SEGUNDO SÃO TOMÁS”, “a ideia central da coragem não está no seu aspecto ativo de, por exemplo, jogar-se contra inimigos na batalha, mas no seu aspecto de resistência firme ao lado do bem ante a iminência da morte”.

A morte vencida pelo túmulo vazio de Jesus, mas sem resgate do amor pelo qual morreu, a morte que abriria a porta para a vida maior preservada, a eterna, prometida, que continua a instigar grandes, médios e pequenos cérebros, cada qual com suas construções pessoais eleitas.

Essa a grande questão que movimentou o “de onde viemos, para onde vamos”, mas que encontra no bem a melhor escolha para proclamar ao final como Gandhi, “eu não tenho mensagem, minha mensagem é minha vida”. Seu pai é um ícone desse adágio filosófico, e de envergadura tão grandiosa que nos presenteou com sua família por ele enriquecida nos caminhos do sagrado .

Meu enorme respeito e admiração por essa família de gigantes nos valores maiores.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 30/05/2015
Reeditado em 30/05/2015
Código do texto: T5260137
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.