CARTA 01 ( PERDÃO )

Rio, 14 de junho de 2013

A quem interessar possa,

A essa altura da minha jornada, tento fazer as pazes comigo mesma. Procuro equilíbrio para tentar viver em harmonia nesse mundo tão conturbado.

Tenho pensado, e muito, sobre minha trajetória – as coisas boas e ruins pelas quais passei. Não reclamo dos obstáculos porque com eles aprendi que sou mais forte do que jamais supus. No entanto, olhando para trás, sinto que poderia ter feito mais e melhor, portanto, resolvi pedir perdão.

Aos meus pais, talvez, por tê-los desapontado em algum momento. Atleta nunca fui, e da cozinha, não tomei gosto.

Aos alunos, pela impaciência em algumas aulas, mas, às vezes, é difícil ser equilibrista de egos.

A um certo alguém, que pensou ter achado a amante, mas descobriu a companheira de todas as horas.

Aos amigos, por ser de lua, e por ter cabelos nas ventas. Coitados, cortam um dobrado!

A Luli, pelas horas roubadas às brincadeiras, por conta dos meus “multichapéus”: de dona de casa, esposa, filha e professora.

Ao mundo, porque uma árvore não plantei, nem um bom livro escrevi. Entretanto, deixo como legado um ser muito especial – minha filha.

Agora, sentindo-me mais leve, posso continuar a trilhar os caminhos que o destino me reservou.

Um abraço,

Beth

Beth Rangel
Enviado por Beth Rangel em 14/06/2013
Reeditado em 18/04/2014
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