Apagado

Houve o dia ao qual beijar-te era meu único sustento, outros aos quais queria apenas lhe olhar, tampouco aos olhos mais interesseiros, porém, ingênuo sobre minha visão.

Observar sua pele lívida brilhando sobre o sol e seus lábios trêmulos ansiando-me com um toque ou uma palavra delicada, eis o que conservava ingênuo o fervor de um peito em chamas. Sinto-me sem fogo desde então, por que fostes, pra tão distante que meus olhos não podem alcançar. Agora as lágrimas tomam conta da maior parte do meu tempo, tais quais apagam minhas esperanças de queimar novamente e, como o sol manter-me queimando.

Apagaram-me, me apagas-te, ou simplesmente apaguei ao sentir sua falta e por faltar-me calor tão quão a do sol ao céu.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 13/05/2013
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