Carta a..., alguém..., algures...!

Há dias, em que o calor das lagrimas perdidas e das recordações, nos fazem sentir que, ao menos o sofrimento de quando se deixa alguém, nos faz ver que para além do sol da eterna luz dos sonhos nós existimos! Mas não existimos por qualquer razão. Existimos porque acima de tudo e de todos, nós fomos feitos um para o outro. Nada mais existe para além de nós, e da nossa paixão!

Todos os dias vejo-me ao espelho, sonhando que um dia venhas a confiar em mim, que digas sinceramente que me amas, e não que me adoras,...que te voltes a apaixonar por mim.

Vejo uma lagrima que escorre por mim abaixo, à procura de quem eu desejo. Tu! Mas nunca dou conta daquilo que é pena! Que ainda estejas longe. Longe do meu coração. Mas..., para quê palavras, quando o olhar nos diz tudo? Aiiiih! Se soubesses à quanto tempo eu procuro o sonho que sonhei!

Eu só quero amanhecer na tua alegria, entardecer na tua meiguice, e anoitecer nos teus olhos. Pois teu jeito fascina-me..., teu olhar alucina-me!

Sempre que sonho contigo, acordo de manhã e fico com a doce sensação do teu belo sorriso, em lábios como uma gaivota a planar no horizonte do Mar Infinito! De uns lábios emaranhados de sol, e a brilhar num reflexo prateado e emanado de Luz; e amar-te em tempo de saudade!

Bolas! Mas porque é que eu tinha de ser assim?!? A minha solidão queima, e toda esta ansiedade ainda acaba por matar-me!

Enlouquesso. Pois, não consigo ver-me sem ti a meu lado!

No outro dia, apanhei uma flor dormideira que estava caída e esquecida no meio da rua. E engraçado que era diferente de todas as outras, pois quando olhei para ela vi o teu rosto, e fixei-me em "seus" olhos. Essa flor tão especial que fez-me renascer, acordou-me de um pesadelo, do qual eu pensáva não mais acordar. De repente caíu uma lagrima daquela flor! Ela olhou para mim e desabrochou. Foi quando percebi que havia de escrever tudo isto.

Desabafei na flor o meu amor, e num súbito ela murmurou: "Fá-la feliz..., para sempre!"

Entretanto ela, a flor, estáva a desfalecer. A morrer, por Amor! E desfez-se! Ficou em

Pedaços tão pequenos que nunca mais a vi!

Pois olha, depois do que aconteceu, não te esqueças que te amo; e por ti, nem que tenha de dar a vida!

Saudades...!

( Ferreira Carlos 1999)

Ferreira Carlos
Enviado por Ferreira Carlos em 02/03/2013
Código do texto: T4168017
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