CORPOS EM TRANSE
CORPOS EM TRANSE
Como se houvesse química entre os versos
Palavras e sentires se aproximaram
E foram ficando um no outro submerso
Em liquidas canções se transformando
Contorcendo-se entre o chão e a escada
Deram as mãos e bailaram sobre a Ponte.
Faiscaram sem lei a 270º Fahrenheit
Todos os motivos tinham por um fio
Queimaram perfumes e dançaram
Antecedendo paraísos em Palácios Luminosos
Revelando assim a imagem no Altar interior
Sob novos ares acenderam a candeia
Os olhos então viram a boca
E em teu beijo o abandono
Doce espumante salgado
Édem de venturas, talvez
Os versos em carne viva
Palavras e sentires, eu e tu
Corpos em transe
Entre o medo e a esperança
É o que nos cabe às avessas
Esculpimos então uma Mulher
Um poema mulher...
E era o sol Escrito sobre a pele...