Carta 17 - Recebi rosas mudas.

Por Deus, o que pensa está fazendo comigo?

Recebi as rosas vermelhas, e nelas todo silencio de um coração que me diz sangrar.

O perfume é inebriante e me causou sensações de êxtase e medo; Um mundo novo está me chamando e não sei como reagir a causas e efeitos que as decisões me pedem.

Delírios na madrugada intercalaram com a insônia que me chamavam para ver as nuvens passarem ligeiras, num céu tão sossegado, que me matavam o tédio do compromisso da noite com os humanos, que dormem durante o mais fantástico mistério da vida.

Eu vi o sol nascer pensando em você, e o que vejo aqui são as flores vermelhas que roubaram meu perfume, e não o meu amor. Devo levá-las para meu banho matinal?

Ah, me perdoa amor, ainda estou descoberta, e as gotas de água do banho, ferve na chama do desejo que acendeu em mim. Como posso ficar lúcida e não me perder em fantasias?

Rasguei em mil meu coração e solucei de dor; as rosas ainda navegam em meu corpo nu e você ainda não veio me ver, não se rendeu aos meus apelos.

Agradeço as rosas, o seu silencio, e toda fantasia que me proporcionou.
Selo com beijo ardente as palavras do meu coração, desejo-te felicidades hoje e sempre.


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