25 de Maio

Uma vez perguntei a um velho sábio sentado numa dessas esquinas, como saberia o dia em que tivera encontrado o meu verdadeiro amor, ele olhou em meus olhos com todo aquele ar de simplicidade e me disse que o amor verdadeiro não era algo que se encontrava, ele disse que o amor verdadeiro vem e subitamente acontece, e que não adianta, pois ele acontece mesmo que pareça que nada o queira vivo, e com toda sabedoria ele me disse que o amor verdadeiro até pode ser abalado por algumas dificuldades que às vezes muito sem querer a vida resolve nos impor, mas ele também me explicou que por tão verdadeiro ser ele se torna algo inoxidável, se torna o poder que une o laço de fé perpetuado num escapulário, se torna o som de um violão ou até mesmo daquela doce gaita que você ainda nem conheceu, mas que é de onde sabemos que sairão lindas canções para brindar o entusiasmo de noites e noites sem fim, e me disse prosseguindo no trotear de seu discurso; que por tão belo feito um pôr de sol que transcende noite adentro para embelezar a liquidez e as marolas de um dique qualquer, que o amor verdadeiro é também aquela mais forte rosa de um buquê, aquela rosa que depois que o tempo fez com que todas as outras marchassem, ainda teimará em continuar linda em seu magnífico sorriso vermelho, amarelo e branco, cores que depois subirão ao céu para dar vida aquele flamejante balão de São João, saudando junto as estrelas a força de um sentimento real, onde tudo nele sempre será... Pela paz, pelo amor e pela união.

E sabe de uma coisa? Queria voltar a encontrar esse sábio para agradecê-lo apenas dizendo; que já aconteceu.