Do mar

Bem longe do meu amor , sob o sol ardente que já perdeu seu significado , entre nuvens agora me escondo e vos e digo , que não pertence mais a mim este sorriso de finos traços e leve sombrear dos ventos que vem dos mar quando eu alegremente corria com minha sombra atrás da melhor metáfora que o mundo já teria visto e feito parte de seu viver.

Estou tão longe agora da margem , que não vejo mais o brilho dourado da areia fofa , nem as marcas de minhas pegadas sem alguma direção coerente ou demonstração de estar presa em paradigmas mundanos.

Aqui sim , somente eu ...sumindo como posso em meu barquinho de papel , avisto ao longe minha casinha de areia, onde morei por esses anos que me deram como desaparecido ou morto.

Porta entre aberta pois , meus desejos e sonhos ainda estavam saindo quando me distanciei e não quis aprisioná-los mais como um dia fiz pensando em mim e no meu inútil querer.

Vou nas ondas , com o som de minha música serena que ainda toca por paciência do destino mal informado que contribuiu para eu dar meu sorriso para alguém que saiba usá-lo de maneira homogênia.

Não prendo mais em mim como um dia fiz e jurei nunca cessar de tê-lo em meu viver , assim como amores antigos que vem e que vão como estas ondas que agora me entrego para achar ou inventar um novo lugar.

O mundo , não cabe mais em mim e eu não escuto mais o mundo e por isso , o amanhecer , a tarde e a noite , viraram um só momento que não se mostram mais como antes , nem remetem a mesma isnpiração .

Vou além do que se pode ver da costa ou pedra , vou de olhos fechados para não gravar o caminho e em um dia de colapso , tente voltar.

Adeus , não seria cabível pois , o frio na barriga e o estremecer de minha garganta , não representam orgulho mas sim, pouca chance de existir saudade ou outro sentimento de fraqueza.

O deitar é solene e o ficar de pé , é cansativo e horripilante , me mostrando que olhos fechados , corpo deitado , é o destino de todos que estão hoje em vida.

O meu até...um até breve..um até longe...um até nunca mais pois, p meu pois , não é mais cabível de explicação e a única coisa que sei , e que quero continuar aqui neste lugar que ainda não denominei.

JBorsua
Enviado por JBorsua em 01/07/2011
Código do texto: T3069672