We both are the habit we can't seem to kick

O problema é que o que mais temos é comum é que ambos não acreditamos em mim. Agora, por exemplo, estou sendo acometido por todos os tipos de declarações possíveis. De que eu quero você comigo sempre que possível. Que você é a melhor companhia desse mundo. E que você faz com que todo o ódio que eu sinto por mim mesmo desapareça. No entanto, eu tenho o pressentimento de que assim que eu começar a falar, instantaneamente começarei a me trair. Porque eu sou não sou de falar, eu sou de sentir. Outra coisa é que parece que estamos acomodados com a virulência de energias boas que emanamos quando estamos afim e com a subseqüente e forte quase infalível preguiça que vem depois e coloca hiatos entre o que temos e podemos oferecer de melhor um ao outro. Sou mesmo um idiota. Agora mesmo, por exemplo, batucando nesse teclado ouvindo a música que descreve o que temos enquanto você está ao meu lado, na minha cama, me esperando e falando do Quinze Centímetros e eu deveria estar aí, com você, pedindo à toda a camarilha possível de rafromhéis de outras eras que conversem com os deuses e girem o botão do clima até colocar o frio supremo pra podermos nos encaixar melhor numa conchinha e hibernarmos e só acordarmos quando finalmente não existir mais a nossa mútua desconfiança em mim e o medo de não dar certo ser aniqüilado de nossos pensamentos e quando toda essa prejudicial preguiça dos infernos ser erradicada dos nossos corações inseguros e alquebrados. Tardiamente eu te falei uma vez: eu te amo. Eu, que não sou bom em falar, que não consigo falar. Falei. E agora escrevo: eu amo você! Além do homem-e-mulher, bem além... Pois nós somos a conseqüência de um hábito de 5 anos que não conseguimos chutar. Só pode ser amor...

Pulp - Like a Friend

01/05/2011 - 02h00m

Rafael P Abreu
Enviado por Rafael P Abreu em 01/05/2011
Reeditado em 01/05/2011
Código do texto: T2941685
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