Um Balanço

Há algum tempo o meu mundo estava cheio de escuridão

e eu, cego, parei de sonhar e ver luz.

E no meio de tudo que acontecia comigo...sorria por fora e chorava por dentro, me vi longe e de tão longe vi uma luz.

A luz dos olhos que vi me vez ver os olhos de alguém que eu conhecia a muito tempo atras e que perdera o seu brilho.

Epifania: será se estou livre ou preso?

Deslizei. Ninguém sabe além de mim o quanto doeu tal deslize, que hoje guardo na caixa fechada por sete mágicas chaves,

mas que se reflete no espelho da alma todos os dias.

Sou um animal e eu deslizo, confio precipitadamente e arrebatadamente confio e desconfio.

Sim, ainda vejo que sou um animal.

Mudo de forma apenas para me esconder deste mundo

deste buraco perigoso e fundo que quase me afundei.

Mas lá do coração veio correndo um pontinho,

que tornou-se maior, grande, IMENSO:

a esperança

E no fundo do meus olhos vi os mais profundos olhos

O do meu coração,

Vi que poderia ser forte e tirar os disfarces

Belos dos incontáveis retratos.

A minha surpresa tal

foi encontrar o ouro da resposta

de minha epifania.

Eduardo Magalhães
Enviado por Eduardo Magalhães em 07/04/2011
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