"Alma Ferida..."

Hoje uma brisa suave e veloz me despertou num segundo atroz.

E uma lamina, passou pelo meu peito, em forma de recordações.

Dilacerou meu ser num único golpe, eu infinitamente desejei a morte. Não desejei ter sorte, não quis liberdade, senti apenas a saudade, e assim adormeci, na esperança de não mais acordar.

Ah... Mas a vida insiste em continuar, ignora as minhas vontades e me convida a seguir, sem rumo, sem horizonte, com sonhos distantes, só um medo gritante me impulsiona á andar, nesse escuro sem rumo, para ver onde vou chegar.

Meus olhos estão fechados, e meus passos contados, pisando na lama da minha existência, afundam na falta de força que me sobra no ser.

Quem sabe, minhas mãos toquem a brisa quando o abismo acabar, quem sabe esse vento boas novas venham soprar.

Maria Melo
Enviado por Maria Melo em 29/03/2011
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