Branca

O vento sopra e traz canções,leva também outras tantas. As vezes até o silêncio fica indeciso,não sabe se fica ou vai embora. Todas as certezas tornam-se incertezas e ficamos a deriva torcendo pra que o vento sopre novamente e traga canções mais suaves, como um bálsamo de Gileade.

Minha historia se resumia a esperar ardorosamente bálsamos que me acariciassem a alma mesmo que por breves instantes. Queria respirar sem ter que me preocupar com a dor de ventos estranhos invadindo meu corpo.

Queria ouvir canções que não escurecessem minha alma, sentir afagos que não atrofiassem meu coração. Queria contemplar gestos que não me tornavam ressequido. Sempre que me vinha um surto de coragem procurava ficar sozinho e encarar todos os meus temores, saber quem sou, ouvir meus gemidos. Passava horas perdido em pensamentos por meus caminhos obscuros, tateando sob meus tons de cinza. Um dia o vento soprou tão suave que nem percebi quando você chegou assim tão suave. Quando te vi tudo mudou, havia flores no jardim, chuva fina la fora, uma musica suave invadiu minha alma e descobri o que era o tão temido amor.

Fran, sou rude sim, impulsivo, mas sou perdidamente apaixonado por você desde o primeiro instante. Isso é assustador, mas não consigo,não posso,não quero esconder isso. Eu te amo tanto que chega a doer todo meu corpo quando penso em você sorrindo assim pra mim. Seu cheiro é divino, me seduz, me encanta. Você é a mulher da minha vida. Fica comigo pra sempre?