Será sempre Filho.
Mais um filho que não será pai ou avô.
Outro cidadão que não será médico,
bombeiro e/ou jogador de futebol.
Mais uma vítima!
Vítima de quem?
Do poder público?
Do poder paralelo?
Deste modelo de sociedade?
Ou seria vítima da soma dos três?
De um poder público cada vez mais omisso
e muito mais corrompido?
De um poder paralelo cada dia mais ousado;
Muito mais perverso e desumano?
Deste modelo de sociedade sem rumo e sem
futuro;
Cada vez mais empobrecida e 'empodrecida'?
A vida perdeu seu valor;
Mata-se por nada!
Amor e fraternidade são objetos de escárnio.
Educação e respeito são vistos com
desconfiança.
Jesus Cristo não mais é visto como o símbolo
do amor e da solidariedade.
Deus não é mais considerado o Criador e Pai
de todos, mas o pai de cada um de nós,
individualmente.
O que fazer, diante deste quadro macabro?
Não tenho as respostas que gostaria de ter!
Mas, contudo, faço questão de não abrir mão
dos meus valores, mesmo que isto seja visto
como objeto de escárnio e desconfiança.
Julho de 2010.