Seja a quem for

Como vai você?

Espero que bem, é assim que tenho me sentido nesses últimos tempos, tempos esses de constantes turbulências.

As turbulências a que me refiro dizem respeito a inquietude que se instalou em meu Eu, me invadi de saudade!

Aqueles beijos que já não nos damos, as carícias que, para você, vinham fora de hora, nossas chatices...

Ah, quanta saudade eu sinto!

Saudade tenho ainda das palavras que silenciamos, das juras de amor que não foram ditas, do que não demonstrei.

Lembro também das viagens, das risadas, das brigas que nem sabíamos... Lembro do seu cheiro, pois ainda o sinto. Sim, eu me lembro de tudo!

Tenho suas cartas, todas elas, guardadas em um baú, e às vezes leio, uma a uma, cuidadosamente, sem saltar sequer uma linha ou uma palavra.

Quando a você carinho eu dava este era em excesso e em momentos inoportunos. Nada fiz por mal, eu juro! Se sou errada hoje venho me redimir.

Se você ler essa carta, se ao menos abri-la, vai perceber que ainda há um tanto de você em mim, que ainda sei amar, que ainda há amor!

De todos que passaram, você ficou e não se vai, te busco em todo o espaço a todo tempo.

Procuro sempre em algum canto, num recanto, assim te encontro, com poesias que não sei se são pra mim.

Que os correios me tragam sua resposta, breve estarei de volta, escrevendo sobre amor.

Não esqueças que te amo...

Com carinho, sua Flor.

AnaNunes
Enviado por AnaNunes em 24/04/2009
Reeditado em 26/04/2009
Código do texto: T1557916
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