A LIBERDADE... A VONTADE... "O MÉDICO Ronaldo Caiado não sabe o que é a AUTO-HEMOTERAPIA. Todavia, fez "SANGRIA" na DILMA! Os PETRALHAS que se cuidem..." - 9ª parte.

A LIBERDADE... A VONTADE... “O MÉDICO Ronaldo Caiado não sabe o que é a AUTO-HEMOTERAPIA. Todavia, fez “SANGRIA” na DILMA! Os PETRALHAS que se cuidem...” – 9ª parte.

JOSÉ DIRCEU (PETRALHA).

“Foto: José Dirceu”.

José Dirceu (PETRALHA), na condição de Ministro Chefe da Casa Civil, foi o principal articulador do grupo e quem detinha, devido ao poder conferido por seu cargo, a palavra final na escolha de cargos e funções estratégicas na administração pública federal.

A autoridade de José Dirceu (PETRALHA) no governo estava abaixo somente daquela concedida ao Presidente da República.

O papel desempenhado por José Dirceu (PETRALHA) dentro do governo era de tamanha importância, que comentaristas e alguns políticos diziam que o Brasil experimentava uma espécie de Regime Parlamentarista não Oficializado.

O deputado Roberto Jefferson, que fazia parte do círculo governista e conhecedor dos estratagemas não-republicanos do núcleo político, foi quem apontou José Dirceu (PETRALHA) como o criador do esquema do "Mensalão".

José Dirceu (PETRALHA) sempre negou a tese de que seria chefe ou mentor de qualquer esquema semelhante ao Mensalão.

Segundo Dirceu (PETRALHA), o Mensalão foi uma invenção que saiu da cabeça de Roberto Jefferson, uma Estratégia Diversionista inventada por ele quando este se viu em dificuldades, arrolado por Denúncias de Corrupção.

De acordo com Roberto Jefferson, José Dirceu (PETRALHA) reunia-se com Marcos Valério (PETRALHA) a fim de tratar dos repasses de dinheiro e acordos políticos.

José Genoíno (PETRALHA), Delúbio Soares (PETRALHA) e Sílvio Pereira (PETRALHA) recorriam a Dirceu (PETRALHA) para inteirar-se das deliberações estabelecidas nesses encontros.

Roberto Jefferson disse que todas as negociações sobre a composição política, indicação de cargos em instituições públicas, troca de partidos por parlamentares para compor a base aliada em troca de dinheiro e compra de apoio político eram tratadas diretamente com o Ministro da Casa Civil José Dirceu (PETRALHA).

Até o Mensalão já teria sido discutido entre os dois, umas seis ou oito vezes, de acordo com Roberto Jefferson.

A operação de preenchimento de cargos na administração federal comandada por José Dirceu (PETRALHA) era auxiliada pelo Secretário-Geral do PT (PETRALHAS) Sílvio Pereira (PETRALHA), Marcelo Sereno (PETRALHA) e Sandra Cabral (PETRALHA), esses dois últimos Assessores Especiais da Casa Civil que tinham a função de acompanhar as nomeações.

Conforme Roberto Jefferson explicou, diretorias e outros cargos importantes em instituições públicas provenientes de acordo políticos são usados para arrecadar dinheiro do próprio órgão público através de desvios e superfaturamentos, ou da pressão exercida sobre empresas privadas que se relacionam com esses órgãos, para que elas façam doações.

Em depoimento prestado na Procuradoria-Geral da República em julho e agosto de 2005, Marcos Valério (PETRALHA) declarou que o Ministro da Casa Civil José Dirceu (PETRALHA) e o Secretário-Geral do PT (PETRALHAS) Sílvio Pereira (PETRALHA) sabiam sobre as operações financeiras acertadas com o Tesoureiro Delúbio Soares (PETRALHA).

Dados obtidos com a quebra do sigilo telefônico autorizada pela Justiça revelaram que até antes da Eclosão do Escândalo eram intensos os telefonemas entre Marcos Valério (PETRALHA) e seus associados para o Ministério da Casa Civil comandado por José Dirceu (PETRALHA).

Marcos Valério (PETRALHA), negou o seu envolvimento com José Dirceu (PETRALHA), contudo reconheceu ter estado na Casa Civil aproximadamente em quatro oportunidades para discutir assuntos políticos banais.

Marcos Valério (PETRALHA) admitiu também que ajudou a ex-esposa de José Dirceu (PETRALHA) na venda de um imóvel, na obtenção de um Empréstimo Bancário, e que conseguiu para ela um emprego através da sua influência junto aos BANCOS RURAL e BMG.

O DIRETOR do BANCO BMG, Ricardo Guimarães, confirmou em depoimento para a CPI dos Correios que em novembro de 2003 contratou a citada, a pedido de Marcos Valério (PETRALHA).

DELÚBIO SOARES (PETRALHA).

O principal interlocutor de Marcos Valério (PETRALHA) e com quem conversava pessoalmente ou por telefone praticamente toda semana era o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT - PETRALHAS) Delúbio Soares (PETRALHA).

Os encontros com Delúbio Soares (PETRALHA) ocorriam no Diretório do PT (PETRALHAS) em São Paulo ou na entrada do Hotel Blue Tree em Brasília.

O Secretário-Geral do PT (PETRALHAS) Sílvio Pereira (PETRALHA) era presença constante nessas reuniões.

Delúbio Soares (PETRALHA) era o principal elo com as dos outros núcleos: - Marcos Valério (PETRALHA) e BANCO RURAL.

Delúbio Soares (PETRALHA) repassava as decisões adotadas pelo núcleo central para os demais núcleos.

Embora tenha negado a associação com o Empresário para a prática de Atos Ilícitos, Delúbio Soares (PETRALHA) disse à Polícia Federal que conheceu Marcos Valério (PETRALHA) quando este se prontificou a ajudar o PT (PETRALHAS).

Com o tempo, segundo Valério (PETRALHA) e Delúbio (PETRALHA), o relacionamento entre ambos teria convergido para uma grande amizade.

Delúbio Soares (PETRALHA) negou a existência de transferência de recursos a deputados e o relacionamento financeiro entre o PT (PETRALHAS), as empresas de Marcos Valério (PETRALHA) e o BANCO RURAL e BMG.

Contudo, admitiu que adquiriu em nome do partido empréstimos da ordem de 2,4 milhões de reais, junto ao BANCO BMG, para cobrir despesas da posse do Presidente da República.

Investigações subsequentes provaram que esses valores na realidade foram bem mais expressivos.

Perante as provas de que as transações financeiras realmente ocorreram, Delúbio Soares (PETRALHA) explicou que os alegados empréstimos foram viabilizados por Marcos Valério (PETRALHA) junto ao BANCO RURAL.

Disse ainda que Marcos Valério (PETRALHA) foi avalista das operações financeiras e que saldou parcela de uma dívida não paga com a lenidade do Presidente do PT (PETRALHAS) José Genoíno (PETRALHA).

JOSÉ GENOÍNO.

José Genoíno (PETRALHA) na condição de Presidente do Partido dos Trabalhadores (PETRALHAS) participava das reuniões com os dirigentes dos demais partidos políticos envolvidos, ocasiões em que era acertada a forma como deveria ocorrer o pagamento das propinas em troca de apoio político.

As provas colhidas pelo Ministério Público apontam José Genoíno (PETRALHA) como o interlocutor político visível da organização criminosa do Mensalão.

Ele era ainda auxiliado pelo Secretário-Geral Sílvio Pereira (PETRALHA) que negociava a ocupação de cargos na administração federal entre os partidos políticos.

O nome de José Genoíno (PETRALHA) aparece ao lado do de Delúbio Soares (PETRALHA) nos documentos que simularam os empréstimos feitos pelo núcleo de Marcos Valério (PETRALHA), ou do PT (PETRALHAS) junto ao núcleo financeiro formado pelos BANCOS BMG e RURAL.

Ambos aparecem como avalistas dos supostos empréstimos, embora possuam um patrimônio declarado modesto quando comparado aos volumosos valores repassados pelo núcleo de Marcos Valério (PETRALHA) ao PT (PETRALHAS).

Quando a imprensa informou pela primeira vez de que o PT (PETRALHAS) teria negócios intermediados por Marcos Valério (PETRALHA), o então Presidente do PT (PETRALHAS) José Genoíno (PETRALHA) negou peremptoriamente.

Ao ser confrontado com Documentos Bancários onde constavam a sua assinatura, a de Delúbio Soares (PETRALHA) e a de Marcos Valério (PETRALHA), José Genoíno (PETRALHA) retratou-se e argumentou de maneira pouco crível que assinara tais documentos sem ler.

NÚCLEO MARCOS VALÉRIO (PETRALHA).

“Foto: O empresário Marcos Valério”.

O núcleo de Marcos Valério (PETRALHA) incluía sócios e funcionários de suas empresas, entre os quais: - Ramon Hollerbach, Cristiano de Melo Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos e Geiza Dias dos Santos.

As empresas, do ramo da publicidade e controladas direta ou indiretamente por Marcos Valério (PETRALHA): - SMPB, Graffiti Participação Ltda., DNA Propaganda Ltda. e Tolentino & Melo Assessoria Empresarial S/C, entre outras, forneciam a estrutura física para a prática dos Crimes contra o Sistema Financeiro e as Instituições Públicas.

A SMPB era a mais importante peça usada para Fraudar as Transferências de Recursos entre os políticos.

Em menor grau, a Tolentino & Melo era usada para esses mesmos fins.

A DNA e a Graffiti eram usadas principalmente para Desviar Recursos Públicos através de Contratos de Publicidade Superfaturados ou Fictícios.

O núcleo nas suas fraudes contava com a ajuda de Empregados Públicos Corrompidos, como o PROCURADOR da FAZENDA NACIONAL, Glênio Sabbad Guedes e o funcionário do BANCO CENTRAL do BRASIL Antônio Carlos Vieira, profissional no abastecimento de Caixas Ilícitos de Políticos pelo menos desde essa época.

FUNCIONAMENTO do NÚCLEO de MARCOS VALÉRIO (PETRALHA).

Assim que começou a trabalhar para o núcleo Político-Partidário do PT (PETRALHAS) formado por José Dirceu (PETRALHA), José Genoíno (PETRALHA), Delúbio Soares (PETRALHA) e Sílvio Pereira (PETRALHA), Marcos Valério (PETRALHA) passou a crescer em prestígio e poder, o que culminou na sua transformação em uma espécie de interlocutor privilegiado junto a setores do Governo Federal.

Como amostra da preponderância de Marcos Valério (PETRALHA) pode ser citada a viagem do empresário até Portugal para negociar com empresas e políticos locais na condição de "Representante do PT (PETRALHAS) do Brasil".

Marcos Valério (PETRALHA) transitava com grande liberdade junto a diversos órgãos da administração federal.

Ele se encontrava com representantes do BANCO RURAL (Co-Autor dos Crimes Financeiros) e se dispunha a resolver problemas de políticos e empresários que o procuravam.

A agenda da ex-secretária de Marcos Valério (PETRALHA), Fernanda Karina Somaggio, registra com detalhes as viagens e reuniões de Marcos Valério (PETRALHA) e seus sócios com políticos, envolvidos ou beneficiários dos recursos do Mensalão.

Marcos Valério (PETRALHA) participou de pelo menos duas reuniões do então Vice-Presidente do BANCO RURAL com o Diretor de Fiscalização do BANCO CENTRAL, Paulo Sérgio Cavalieiro, nas dependências do BANCO CENTRAL do BRASIL.

Deve-se destacar que Marcos Valério (PETRALHA) não era funcionário do BANCO RURAL, nem tinha nenhum vínculo formal com o BANCO que justificasse a sua presença nessa reunião.

Marcos Valério (PETRALHA) disse que intermediou reuniões entre Carlos Rodenburg, acionista do BANCO OPPORTUNITY, que lhe solicitou ajuda para solução de problemas que estava enfrentando no relacionamento com o Governo Federal.

Esse evento foi confirmado por Delúbio Soares (PETRALHA) que acrescentou que Marcos Valério (PETRALHA) também intermediou sua visita, acompanhado pelo então Presidente do PT (PETRALHAS) José Genoíno (PETRALHA) à Empresa Usiminas.

Deputados que não conseguiam falar diretamente com o então Ministro José Dirceu (PETRALHA), Sílvio Pereira (PETRALHA) ou o tesoureiro Delúbio Soares (PETRALHA) procuravam Marcos Valério (PETRALHA) para a resolução de pendências quanto à distribuição de cargos públicos federais.

A central das Atividades Criminosas do núcleo Marcos Valério (PETRALHA) era a empresa SMPB.

Na empresa, dois funcionários responsáveis pela parte financeira tinham participação importante na estrutura delituosa.

A Diretora-Administrativa da SMPB, Simone Vasconcelos era a operadora externa enquanto que a Gerente Financeira Geiza Dias, se concentrava nas tarefas internas.

A Gerente Financeira Geiza Dias informava o BANCO RURAL quais eram os destinatários dos valores e dava a ordem para outros funcionários da SMPB irem sacar o dinheiro nas Agências Bancárias.

A relação dos beneficiados era quase sempre enviada por email. Geiza recebia alguns beneficiários do esquema na sede da empresa e pessoalmente organizava os repasses em algumas situações.

Um exemplo é o caso que envolveu parte dos pagamentos ilícitos feito aos publicitários Duda Mendonça e Zilmar Fernandes.

A Diretora-Administrativa da SMPB, Simone Vasconcelos era operadora externa do núcleo e peça fundamental na distribuição dos recursos não declarados.

Sua tarefa era dirigir-se à AGÊNCIA do BANCO RURAL em BRASÍLIA, sacar o dinheiro e entregá-lo para os destinatários finais.

Essas entregas ocorriam geralmente na sede da Agência Bancária, e de forma secundária em Quartos de Hotéis.

Simone Vasconcelos telefonava aos destinatários para informar que os recursos estavam disponíveis e orientava-os quanto ao local da entrega e a forma de recebimento.

A Diretora-Administrativa da SMPB foi também responsável pela organização da documentação que resultou nos Empréstimos Fraudulentos junto aos BANCOS RURAL e BMG.

Além da SMPB, fazia parte do núcleo de Marcos Valério (PETRALHA) a empresa Tolentino & Melo Assessoria Empresarial S/C do sócio Rogério Tolentino.

Rogério Tolentino, Marcos Valério (PETRALHA), Ramon Hollerbach e Cristiano Paz faziam parte do comando dos Esquemas Criminosos confeccionados pelo núcleo Marcos Valério (PETRALHA) em conluio com o núcleo do BANCO RURAL.

Rogério Tolentino e Marcos Valério (PETRALHA) eram as Pessoas da Quadrilha mais próximas do BANCO RURAL.

Rogério Tolentino teve participação na entrega de dinheiro ao Deputado Federal José Mentor com a justificativa de se tratava de uma remuneração por uma consultoria jurídica.

Tolentino acompanhou Marcos Valério (PETRALHA) e Emerson Palmieri do PTB, à Portugal, numa operação para arrecadar dinheiro com empresários locais e participou do episódio que envolveu o PROCURADOR da FAZENDA NACIONAL Glênio Guedes.

Depois que o Escândalo Eclodiu, segundo o Ministério Público, Marcos Valério (PETRALHA), Ramon Hollerbach, Cristiano Paz e Rogério Tolentino reuniram-se com o contador Marco Prata para engendrar artifícios com o objetivo de obstruir os trabalhos de investigação.

NÚCLEO OPERACIONAL e FINANCEIRO.

Fazia parte do núcleo operacional e financeiro a alta direção do BANCO RURAL: - José Augusto Dumont (Vice-Presidente, já falecido) , José Roberto Salgado (Vice-Presidente Operacional), Ayanna Tenório (Vice-Presidente), Vinícius Samarane (Diretor Estatutário) e Kátia Rabello (Presidente).

Segundo os dados colhidos pela CPI dos Correios e com base nas declarações espontâneas do próprio Marcos Valério (PETRALHA), pelo menos R$ 55 milhões, repassados pelos BANCOS RURAL e BMG, foram entregues à administração do núcleo de Marcos Valério (PETRALHA), na forma de Empréstimos Forjados, ou para suas empresas, ou para ele mesmo, ou para seus sócios.

Esse Dinheiro foi usado para comprar apoio político, enriquecimento pessoal de agentes públicos e para custear despesas do Partido dos Trabalhadores (PETRALHAS).

Nas operações efetuadas com o BANCO RURAL, o dinheiro público era misturado ao privado e trafegava por inúmeras contas para fins de pulverização até o seu destino final, operação que incluía, muitas vezes saques em favor do próprio emitente e outras intrincadas operações com off shores e empresas titulares de contas no exterior, tendo como destino final Paraísos Fiscais.

Ao mesmo tempo em que operava tranquilamente a Máquina de Lavagem de Dinheiro, o grupo econômico era recompensado com decisões do Governo federal, controlado pelo núcleo Político-Partidário.

Como exemplo de favorecimento concedido pelas ações do núcleo político-partidário pode ser citado a Edição pelo governo federal da Medida Provisória n.º 130, de 17/09/2003.

Esta Medida Provisória sobre o desconto de prestações em folha de pagamento dos servidores públicos autorizou o INSS a regulamentar o desconto de empréstimos bancários a seus segurados, e beneficiou de forma explícita o BANCO BMG, integrante do núcleo gerido pelo BANCO RURAL.

A Instituição Financeira teve a partir de 2003 Lucros Bilionários na Operacionalização de Empréstimos Consignados de Servidores Públicos, Pensionistas e Aposentados do INSS.

Ainda que o BMG não fosse um banco pagador de benefícios e possuísse poucas agências distribuídas pelo território nacional, ele obteve autorização do INSS para fazer Empréstimos Consignados aos Aposentados e Pensionistas, o que contrariou pareceres da área jurídica e da regulamentação vigente naquele momento.

Sobre a sistemática e frequência dos saques ora efetuados no BANCO RURAL de BRASÍLIA, o Tesoureiro da Agência, José Francisco de Almeida Rego, informou que a partir de 2003 os saques em espécie tornaram-se polpudos, frequentes e operacionalizados por fax, telefonemas ou emails encaminhados pela Agência de Belo Horizonte, que indicava o valor e a qualificação do Sacador do Dinheiro em Espécie no BANCO.

Os saques efetuados pela Diretora Financeira Simone Vasconcelos integrante ativa do núcleo de Marcos Valério (PETRALHA) eram transferidos por intermédio de cheques ao portador, o que impedia a Identificação do Real Beneficiário.

A Diretoria do BANCO RURAL ocultava a identificação dos verdadeiros beneficiários ao transformar os saques em espécie efetuados pela Diretora Financeira Simone Vasconcelos em cheques ao portador, principalmente quando esta comparecia à Agência e assinava os recibos.

FUNCIONAMENTO do NÚCLEO FINANCEIRO.

A estrutura organizada pelos dirigentes do BANCO RURAL permitiu que a partir de 2003 os benefícios financeiros do Esquema do Mensalão pudessem ser recebidos de forma disfarçada através de um sofisticado mecanismo de lavagem de dinheiro.

A estrutura simples, mas eficiente desse esquema funcionou durante mais de dois anos sem deixar quase nenhum traço sobre o destino final do dinheiro.

Os repasses funcionavam da seguinte forma: - Delúbio Soares (PETRALHA) informava Marcos Valério (PETRALHA) quem seria o beneficiário do respectivo montante.

Em seguida, Marcos Valério (PETRALHA), Simone Vasconcelos ou Geiza Dias acertavam a entrega com o beneficiário.

Para ocultar detalhes da movimentação financeira os beneficiários geralmente indicavam uma terceira pessoa que ia em nome deles, receber os valores em Espécie.

As retiradas eram feitas ou por um funcionário do BANCO ou através de Simone Vasconcelos, que retirava as quantias em seu nome e depois repassava ao intermediário ou ao próprio destinatário final.

A entrega ocorria na própria Agência Bancária, na Sede da Empresa SMPB em Brasília ou em Quartos de Hotéis.

O GERENTE do BANCO RURAL de Belo Horizonte, Agência Assembléia que cuidava das contas das empresas SMPB e DNA - ambas do grupo de Marcos Valério (PETRALHA) - eram informados quando um pagamento deveria ocorrer, a respectiva quantia, quem faria a retirada e faria o transporte do dinheiro, e em qual Agência seria feita a retirada: - Em Belo Horizonte, Brasília, São Paulo ou Rio de Janeiro.

A Agência onde ocorreria o saque era informada pela Agência Assembléia do BANCO RURAL que repassava as informações sobre quem estaria credenciado a fazer a retirada do dinheiro, que deveria ser disponibilizado em Espécie.

A única exigência que os BANCOS onde ocorria a retirada faziam, é exigir uma rubrica ou assinatura num documento informal de quem fez a retirada, o qual era usado por Marcos Valério (PETRALHA) para fazer um controle interno de quem recebia o dinheiro.

O ex-Tesoureiro do BANCO RURAL em Brasília disse que a frequência dos pagamentos do Dinheiro, em Espécie, era grande e que as pessoas que faziam os saques geralmente eram pessoas simples, com traje informal, arregimentadas apenas para executar os saques nas Agências do BANCO.

Elas simplesmente chegavam a um funcionário do BANCO e falavam: - "Vim pegar uma encomenda". O Dinheiro era então recebido, sem ser conferido e colocado imediatamente numa mala, bolsa ou sacola.

Em alguns casos não era conferida nem mesmo a Identidade da Pessoa que fazia o saque.

A grande quantidade de retiradas e a informalidade no processo chegou a causar algumas confusões em determinadas situações.

Numa ocasião, o tesoureiro da Agência do BANCO RURAL efetuou um pagamento que não foi reconhecido pela Agência de Belo Horizonte.

Notificado do erro, Marcos Valério (PETRALHA) assumiu a responsabilidade pela retirada do valor de 200 mil reais.

De forma mais detalhada o processo de saques efetuados no BANCO RURAL pode ser descrito da seguinte forma:

1. A empresa SMPB emitia um cheque nominal em seu nome e endossado por ela mesma.

2. Era preenchido um Formulário de Controle de Transações em Espécie, com timbre do BANCO RURAL, e que informava que o beneficiário e a fonte dos recursos eram a SMPB, e que o Dinheiro era para saldar dívidas com fornecedores.

3. Um email era enviado pela SMPB para avisar quem estava autorizado a fazer o saque e o local.

4. O BANCO RURAL de Belo Horizonte enviava um fac-símile para a Agência do BANCO RURAL em Brasília (ou para outro lugar combinado) com a informação de quem iria fazer o saque.

5. O saque era efetuado pela pessoa autorizada na boca do caixa, no local e dia combinados. A pessoa rubricava um recibo informal ou dava entrada num documento interno do BANCO RURAL chamado Automação de Retaguarda - Contabilidade. Mesmo quando o BANCO RURAL sabia a identidade dos verdadeiros sacadores no caixa, ele registrava que os mesmos eram feitos pela SMPB para o pagamento de fornecedores.

NÚCLEOS POLÍTICOS SECUNDÁRIOS.

O Núcleo Político-Partidário do PT (PETRALHAS) ao oferecer gratificações visava o seguinte: - Obter o apoio de importantes lideranças de outros partidos, capazes de influenciar as decisões dos respectivos parlamentares, e aumentar o tamanho das bancadas dos partidos aliados.

Na Câmara, os deputados tendem a seguir as recomendações dos líderes nas votações dos projetos, principalmente quando estes são importantes ou complexos.

Daí a importância em cooptar líderes de partidos, que adicionalmente têm poder para punir eventuais rebeldes de dentro do partido.

O tamanho das bancadas aliadas é importante porque quanto mais deputados dispostos a votar a favor do Governo, maiores as chances de um projeto ser aprovado.

As regras políticas brasileiras permitem quase sem restrições que um parlamentar troque de partido.

Como consequência disso e das benesses oferecidas por meio do Mensalão, os partidos de oposição tiveram suas bancadas encolhidas desde o início da legislatura.

Uma vez acertado os respectivos pagamentos com o núcleo político do PT (PETRALHAS), os partidos associados ao Mensalão tinham que providenciar o recebimento desses recursos e a sua distribuição interna.

Para isso criaram mecanismos especiais para ocultar a admissão e redistribuição do dinheiro, visto que sabiam perfeitamente que ele era ilegal.

Ao contrário do que o nome "Mensalão" possa sugerir os pagamentos não eram necessariamente mensais.

Conforme a necessidade ou o combinado entre os partidos as transferências podiam ocorrer até semanalmente, como aconteceu, por exemplo, com o Partido Liberal (PL), entre fevereiro e março de 2003.

PARTIDO PROGRESSISTA (PP).

O Deputado Federal José Janene, integrante da Executiva Nacional do Partido Progressista (PP), foi o responsável pelo pacto entre o seu partido e o Partido dos Trabalhadores (PT - PETRALHAS).

Assim que o acordo foi ratificado, começaram os repasses de Marcos Valério (PETRALHA) autorizados pelo Núcleo Político-Partidário do PT (PETRALHAS) formado por: - José Dirceu (PETRALHA), Delúbio Soares (PETRALHA), José Genoíno (PETRALHA) e Sílvio Pereira (PETRALHA).

O núcleo político-partidário do PP que administrava o recebimento dos recursos financeiros do PT (PETRALHAS) que vinham através do esquema de Marcos Valério (PETRALHA) era formado pelas seguintes pessoas: - Deputado Federal Pedro Corrêa (Presidente do PP), Deputado Federal Pedro Henry (líder da bancada do PP na Câmara Federal) e José Janene.

Havia ainda o assessor do Deputado José Janene, João Cláudio Genú, que desempenhava trabalhos úteis dentro do esquema montado pelo PP.

Além de organizar o recebimento e distribuição da propina, o núcleo político do Partido Progressista aconselhava os seus parlamentares a votar consoante o interesse do Grupo Político-Partidário do Partido dos Trabalhadores (PETRALHAS).

Uma amostra dessa colaboração foram as atuações dos deputados Pedro Corrêa, Pedro Henry e José Janene na aprovação da Reforma da Previdência (PEC 40/2003 na sessão do dia 27/08/2003) e da Reforma Tributária (PEC 41/2003 na sessão do dia 24/09/2003).

SISTEMATIZAÇÃO dos REPASSES ao PP.

De 2003 a 2004 o núcleo político-partidário do Partido Progressista (PP) recebeu cerca de 04 milhões e 100 mil reais do núcleo de Marcos Valério (PETRALHA), o qual obedecia às recomendações do núcleo político-partidário do Partido dos Trabalhadores (PT - PETRALHAS).

Previamente informados a respeito da origem ilegal do dinheiro, os dirigentes do PP criaram mecanismos para embranquecer o pecúlio e toldar as reais identidades dos favorecidos finais.

Na estréia, a arrecadação era cumprida inteiramente pelo assessor João Cláudio Genú, que observava conscientemente as prescrições de José Janene, Pedro Corrêa e Pedro Henry.

A quantia aproximada de 2,9 milhões de reais foi transferida ao PP por esse método.

A Diretora Administrativa e Financeira da SMPB, Simone Vasconcelos, membro atuante da facção de Marcos Valério (PETRALHA), perfazia saques na Agência do BANCO RURAL em Brasília e transpassava o dinheiro a João Cláudio Genú em malas ou sacolas dentro da própria Agência, no Quarto do Hotel Grand Bittar onde se hospedava e na Sede da Empresa SMPB em Brasília.

Numa etapa posterior, o núcleo político-partidário do PP resolver sofisticar a operação e contratou duas empresas especializadas em Lavagem de Dinheiro: - A Bônus Banval, de Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg, e a Natimar, que tinha como sócio Carlos Alberto Quaglia.

Primeiramente Marcos Valério (PETRALHA) fazia os repasses valendo-se dos serviços da Bônus Banval, mais tarde, por razões operacionais começou a usar a Natimar.

No esquema padrão, o dinheiro do núcleo de Marcos Valério (PETRALHA) era depositado na conta da Bônus Banval, que internamente direcionava-o para a conta da Natimar junto à própria Bônus Banval, e em seguida ele era transferido por Carlos Alberto Quaglia, Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg aos beneficiários do PP.

A nascente predominante dos recursos transferidos às empresas Bônus Banval e Natimar eram as empresas 2S Participações Ltda. e Rogério Lanza Tolentino Associados, ambas do núcleo de Marcos Valério (PETRALHA).

Por intermédio das empresas Bônus Banval e Natimar o Partido Progressista conseguiu receber pelo menos a quantia de 1,2 milhão de reais.

Enivaldo Quadrado, sócio das empresas mencionadas, admitiu o recebimento de um total de 605 mil reais do núcleo Marcos Valério (PETRALHA), por meio de vários saques, e apresentou justificativas inverossímeis para a realização dos mesmos.

PARTIDO LIBERAL (PL).

O conchavo entre o Partido Liberal (PL) e o núcleo político do Partido dos Trabalhadores (PT - PETRALHAS) comandado por: - José Dirceu (PETRALHA), Delúbio Soares (PETRALHA), José Genoíno (PETRALHA) e Sílvio Pereira (PETRALHA), ocorreu em 2002, época da Campanha Eleitoral para a Presidência da República.

Na ocasião o PL fez parte da chapa vencedora capitaneada pelo PT (PETRALHAS).

O esquema criado dentro do Partido Liberal tinha como objetivo acolher os recursos financeiros originários do núcleo de Marcos Valério (PETRALHA), dar-lhes uma aparência legal e transferi-los discretamente aos beneficiários indicados pela direção do partido.

No PL a montagem da Estrutura Criminosa ficou a cargo do Deputado Valdemar Costa Neto, Presidente e líder da bancada do PL na Câmara dos Deputados, do tesoureiro do partido Jacinto Lamas e de seu irmão, o assessor Antonio Lamas.

Também participaram os donos da Empresa Guaranhuns Empreendimentos: - Lúcio Funaro e José Carlos Batista.

SISTEMATIZAÇÃO dos REPASSES ao PL.

Os repasses do Partido dos Trabalhadores (PT PETRALHAS) para o Partido Liberal (PL) começaram em 2003, com o início do novo Governo, depois que a Ignóbil Máquina de Transferência Financeira de Marcos Valério (PETRALHA) entrou em funcionamento.

Cônscios de que se tratavam de recursos ilegais, os dirigentes do PL: - Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas e Antonio Lamas criaram planos para ocultar a origem, natureza e destino dos recursos.

“Foto: Valdemar Costa Neto”.

De 2003 a 2004, o núcleo político-partidário do PL, liderado por Valdemar Costa Neto e com a ajuda de Jacinto e Antônio Lamas, recebeu do PT (PETRALHAS) pelo menos 10 milhões e oitocentos mil reais por intermédio de algum sistema corrupto.

Cerca de seis milhões e quinhentos mil reais foram intermediados pela Guaranhuns, de Lúcio Funaro e José Carlos Batista.

O resto foi recebido diretamente por integrantes do núcleo político do PL através de saques no BANCO RURAL ou das mãos de algum mensageiro de Marcos Valério (PETRALHA), que vinha com o Dinheiro, em Espécie, escondido em malas, sacolas ou envelopes.

Os encontros ocorriam sempre de forma clandestina e na maior parte das vezes em Quartos de Hotéis ou na Filial em Brasília da Empresa SMPB de Marcos Valério (PETRALHA).

O primeiro esquema ilícito montado pelo conjunto transgressor do PL começou a funcionar em janeiro de 2003 e teve a participação da Guaranhuns Empreendimentos, Empresa Especializada em Lavagem de Dinheiro e cujos proprietários são Lúcio Funaro (real) e José Carlos Batista (formal e auxiliar direto de Lúcio Funaro).

Funaro e Valdemar Costa Neto se conhecem pelo menos desde setembro de 2002, ocasião em que Lúcio Funaro e seus associados repassaram a Valdemar a quantia de 03 milhões de reais, em três parcelas de 01 milhão, em Espécie, empacotadas e entregues na sede do Partido Liberal em São Paulo.

Segundo depoimento de Lúcio Funaro para a Procuradoria-Geral da República, a Guaranhuns começou a trabalhar em conluio com a empresa SMPB do núcleo de Marcos Valério (PETRALHA) a partir de fevereiro de 2003.

Dessa data em diante, a Guaranhuns Empreendimentos transferiu de forma fraudulenta ao PL o valor aproximado de 3,1 milhões de reais.

Numa segunda etapa, integrantes do Partido Liberal, buscavam, eles mesmos, os valores não declarados acertados com o PT (PETRALHAS).

Os irmãos Jacinto e Antônio Lamas, conscientemente e por ordem de Valdemar Costa Neto, efetuaram de forma clandestina o acolhimento de recursos não contabilizados originários do núcleo de Marcos Valério (PETRALHA), que operava de modo oculto à Margem da Legislação Financeira.

O próprio Presidente do PL Valdemar Costa Neto recebeu vultosas quantias em Espécie na sua Residência, consciencioso de que a origem delas era Ilegal.

Em junho de 2003 o Partido Liberal começou a receber os recursos pelo mecanismo de lavagem executado pelo BANCO RURAL.

Jacinto ou Antônio Lamas faziam a retirada do Dinheiro em Espécie na Agência do BANCO RURAL em Brasília, no Hotel Kubitschek, em Brasília, no Hotel Mercure, em Brasília e na Filial da Empresa SMPB, também localizada em Brasília.

O dinheiro era sacado pela Diretora-Administrativa da SMPB Simone Vasconcelos e entregue a Jacinto ou Antônio Lamas que o repassava a Valdemar Costa Neto.

Dono de capital incompatível com a sua renda declarada, fundador do PL e braço direito de Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas foi tesoureiro do partido até fevereiro de 2005 e, portanto responsável pelas finanças do PL durante esse período.

Jacinto foi uma das pessoas que indicou a Guaranhuns Empreendimentos para Marcos Valério (PETRALHA), e com a ajuda dele preparou um falso contrato para dar aspecto legal ao negócio escuso.

O irmão de Jacinto, Antônio Lamas, trabalhava na Presidência do Partido, ao lado de seu irmão e de Valdemar Costa Neto.

Antônio Lamas recolhia costumeiramente os valores em Espécie para Valdemar Costa Neto.

Ele se dirigia assiduamente à Empresa SMPB de Marcos Valério (PETRALHA) em Belo Horizonte e ao BANCO RURAL em Brasília para receber as quantias Ilícitas na forma de cheques destinados à Guaranhuns Empreendimentos.

O Presidente do PL no Estado do Rio de Janeiro e segundo Vice-Presidente Nacional Deputado Federal Carlos (Bispo) Rodrigues foi um dos que receberam as gratificações indevidas em troca de apoio político para o PT (PETRALHAS).

Rodrigues era abastecido por intermédio de Célio Marcos Siqueira, motorista do Deputado Federal Vanderval Lima dos Santos (PL-SP).

Em dezembro de 2003, Célio Marques Siqueira sob ordens do Deputado Bispo Rodrigues compareceu ao BANCO RURAL de Brasília e retirou em Espécie a quantia de 150 mil reais.

Em seguida, Siqueira deslocou-se até a Residência de Rodrigues onde entregou-lhe o Dinheiro pessoalmente.

O Deputado Bispo Rodrigues teve participação atuante para que fosse aprovada a Reforma da Previdência (PEC 40/2003) na sessão do dia 27 de agosto de 2003 e a Reforma Tributária (PEC 41/2003) em 24 de setembro de 2003.

Influenciado pelas provas que atentavam contra si, Rodrigues renunciou em 12 de setembro de 2005 e livrou-se de um eventual processo de cassação na Câmara dos Deputados. ATENÇÃO: - CONTINUA na próxima BIOGRAFIA.

A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA, também continua.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura, boa saúde, pensamentos positivos e BOM DIA.

ARACAJU, capital do Estado de SERGIPE (Ex-PAÍS do FORRÓ e futuro “PAÍS da BOMBA ATÔMICA”), localizado no BRASIL, Ex-PAÍS dos fumantes de CIGARROS e futuro “PAÍS dos MACONHEIROS”. Quinta-feira, 19 de outubro de 2017.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.

Fontes: (1) – INTERNET. (2) – Wikipédia. (3) – Outras Fontes.