QUANDO DEUS NÃO CURA - Parte 2
O remédio receitado não produziu os efeitos esperados e o exame de sangue apresentou alterações com níveis de colesterol e creatinina acima do normal. A médica que nos acompanhava achou por bem incluir um novo remédio no tratamento para baixar a pressão arterial e um diurético para eliminação de líquidos, bem como uma ultrassonografia dos rins. O resultado da ultrassonografia não apresentou nenhuma alteração e foi tomada a decisão de se fazer um exame do coração bem como o encaminhamento do caso para um cardiologista. Meus recursos financeiros estavam indo embora.
Chegou o dia da consulta com a cardiologista, reunimos os resultados dos exames realizados e levamos para ela na esperança de encontrarmos respostas, porém, a médica não conseguiu apresentar nenhum diagnóstico e decidiu solicitar um exame de urina de 24 horas.
A Elis realizou o novo exame e o resultado não foi animador. O nível de proteína perdido pela urina estava acima dos limites normais e fomos informados que poderia tratar-se de uma doença autoimune. Fomos orientados a procurar urgentemente um nefrologista.
Já estávamos no final do mês de abril de 2010 e procuramos um nefrologista na cidade de Nova Iguaçu. Encontramos um médico bastante respeitado na cidade. Já na primeira consulta ele solicitou a Elis a repetição do exame de urina de 24 horas para se chegar a um diagnóstico confiável. Ao repetirmos os exames o diagnóstico foi confirmado: Elis estava com uma doença autoimune que havia atacado seus rins.
Mas qual era a doença? O médico nos informou que o diagnóstico perfeito e completo somente poderia ser dado por um nefrologista especializado através de uma biópsia renal e que isso poderia ser feito através do SUS, no hospital Gafree Guinle, na Tijuca/RJ, um hospital universitário pertencente a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
O mês agora já era Maio de 2010 e fomos até o hospital. Lá fomos informados pelas atendentes que que hospital possuía nefrologista capacitado para o procedimento e isso renovou nossas esperanças, porém o procedimento era realizado apenas em pacientes diagnosticados pelo hospital e que para isso a Elis teria de reiniciar todo o processo médico, agendando uma consulta para diagnóstico e a partir daí, com a solicitação de um médico do hospital, agendar uma biópsia. Não vimos nenhum problema nisso pois já tínhamos todos os exames em mãos e ela seria tratada por especialista. Decidimos marcar a consulta.
Nossa alegria se esvaiu quando a consulta que daria origem ao agendamento da biópsia foi marcada para o dia 30 de Agosto de 2010.
Elis não tinha tanto tempo disponível assim.