QUANDO DEUS NÃO CURA - Parte 1

Era fevereiro de 2010.

Assim começa a história do acontecimento mais marcante de minha família.

Nesse mês a Elis começou a sentir câimbras nos dedos dos pés, era uma situação engraçada, eu ela e nossos filhos, Beatriz e Eduardo, nos divertíamos muito com aquilo, afinal, quem conhece a Elis sabe a capacidade que ela tem de fazer graça. Um dedo, simplesmente ficava sobre o outro por um pequeno espaço de tempo e em seguida voltava ao normal, porém essa situação sempre se repetia por três vezes continuas e depois ficava um bom período sem acontecer. Essa situação se repetiu por toda a semana.

Passada aquela semana, a situação mudou, além das câimbras, os pequenos pés número 34 incharam e a pressão arterial, que nunca passava de 10 por 6, pulou para 16 por 11. Em nossa inocência, achamos que deveria ser algo sem importância, resultante de alimentação ou algo assim e que no decorrer dos dias seria resolvido com uma simples medicação. Naquela época, o plano de saúde oferecido pela empresa onde eu trabalhava não podia ser estendido a toda a família e não tínhamos condições financeiras de custear um plano familiar; usávamos um convênio oferecido por uma clínica particular de Nova Iguaçu, onde os conveniados pagavam somente parte dos exames e consultas. Marcamos uma consulta com uma clínica geral na esperança de que tudo se resolvesse. Naquele dia a médica que nos atendeu passou um remédio e um exame de sangue.

Não tínhamos a menor noção do que viria pela frente.