De Viver

Completamente arrependido de viver, fugindo sempre da morte.

A vida persistindo nesse nada simples espaço de tensões irresolvidas.

É como se eu restasse, não vivesse.

Como alguém que para, por um momento, de fronte um falido templo grego e admira as ruínas.

Como a caveira da pintura barroca... Há ali teia de aranha, um mísero inseto fácil de esmagar, um resto de vida faiscante, mas é só isso que é: faísca, jamais chama.