Intuir

O repetir das palavras dentro de mim, pausa dos olhos . Não sei ao certo qual é meu objetivo hoje, essa noite. Só acho estranho ter estratégia, sendo que o instinto impulsiona o ato certo de cada instante. Sou absurda! Devoro com os olhos. Procuro quase sempre estar com eles meio baixos, mas o instinto vem e os levanta. Os olhos da consciência. E faz ver. Quem sabe, por vezes, além. Aliás, temos essa tal intuição que nos permite sentir o que é verdade. O que vale a pena.

Em tempos contrários pensava que isso era coisa inventada por mim mesma, me podava, e me culpava por sentir. Por ser intuitiva, ou simplesmente deixar o amor me embalar nos braços.

Essa noite me recolhi, olhar pro meu coração, pra essência da minha alma. Me entrelaçando para remover os laços. Deslaçar. Como as partículas no ar, as mais pequeninas. A cada instante se tornam menores, e se dissolvem.

Sendo assim, tudo com o tudo. Tornando-se a música mais antiga do universo.

O Amor.

29/06/2014

Brígida Oliveira
Enviado por Brígida Oliveira em 30/06/2014
Reeditado em 30/06/2014
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