Dona da noite

Feito uma prostituta doce,

que só é fiel à si,

anda pelas luzes acesas;

feito um demónio solto,

entre quatro paredes;

inferno que não se aparta do fogo;

mistura de puta,

com capeta nos quadris;

geme, pra saciar a alma;

divide, o que nem mesmo ela tem do outro.

Sorri leve, com brilho molhado nos lábios;

aperta o travesseiro e agarra,

nua e suada;

a pele marcada de mão,

pela cintura tatuada,

do pescoço as coxas;

de praia, de sol bronzeada,

tão bem esculpida feito a lua;

seus lábios e mãos

são pérolas relachantes;

Ascurvas do teu corpo,

pros amantes,

estão feito a prata para o ouro.

Mas,mais pervertida

do que Vênus e Afrodite juntas,

não ama os homens,

nem tão pouco amantes;

ama momentos,

e as noites são valiosos diamantes.

Bem desenhada,

atrás dos seus negros decotes,

marca camisas e copos com batón.

Coquitel amargo, sorrioso doce,

sabatini importado,

cama e lama, misturados com sal.

Amante profissional;

pela manhã vai pela vida,.

Dama, menina;

e faz a noite quente renascer;

com seus cabelos enroladas

e o cheiro da fumaça do cigarro bandida

olhar felino,

imã de vira lata.

mistura cores com a voz,

faz desse inverno o céu

madrugadas perfeita em noite sequelasas,

janta pelada em quarte de motel.

Dança, "eu tranco aporta,

de Ana Carolina;

quando e quase dia,

quase apegada,mas vadia,

quando tudo acaba,

feitos os seus , é apenas só.

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 05/10/2011
Código do texto: T3260192
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