versos sem nome II

Só no grande Mestre há perfeição.

E, maldito é o que confia mais na sua espécie.

Os tolos caminhos do homem egoísta,

são como o gênio da lâmpada,

para os que confiam mais em si.

Escolhe-se a sorte, porque com ela ,

não há comprometimento.

Mas, é o perdão

que envergonha o homem de muitas posses.

Afia a espada com os olhos,

mas é na alma que ela encontra o corte.

E queima feito o cobre ao meio dia;

e corre ladeira à baixo;

água que não para, minuto que não volta;

segundos arrastados contra o vento.

Na tempestade, mira o leão;

no mar, não se debate;

escreve o tempo.

De baixo da terra é fogo;

Se delicia, sorri e dança;

nas salas ouve,

Ana Carolina com Frejá.

Discursa monotonamente

"Saudades da minha infância"

Vê de longe o tempo;

mentor e malfeitor de tudo.

Na cor dos olhos, mel e fogo;

No passado as cinzas,

vagam sem lembranças.

No calabouço vazio,

a solidão arranha todos os espelhos;

mas não consegue fugir de si mesma.

No final o guerreiro em silêncio,

póli a flecha,

o arco lubrifica;

aponta o grafite,

pra escrever o verso;

Sua existência maquína com a vida,

dia após noite,

sua mente maquína com a arte.

(Edmilson cunha)

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 01/04/2011
Código do texto: T2882888
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