Foto: www.ferias.tur.br- Casario antigo, Crixás-Go
TEMPOS MEMORIAIS - PARTE III
54 - MOMENTOS DIFÍCEIS, MAS FOMOS RESSARCIDO : : No ano de 1973, a família deste autor passa por momentos difíceis. Uma gravidez, já no nono mês, foi interrompida por parto induzido, devido a morte da criança. O médico em Crixás não conseguia ouvir os batimentos. No Hospital de Céres, os médicos constataram que a morte do filhinho, ocorrera já há alguns dias. Era o rapaz da família, que hoje estaria com 38 anos de idade. O próprio pai, sozinho, o sepultou no cemitério da cidade. À noite dando assistência à sua esposa, que correu sério risco de vida, literalmente desmaiou sobre um sofá do quarto do Hospital. Desígnios do nosso Pai, rico em sabedoria. Logo chegariam àqueles que Deus mandaria para nos ressarcir do prejuízo: Mara, uma linda criança, com um nome “amargo”, mas com muita doçura n’alma, “pois por ordem do Senhor, Moisés lançou uma determinada árvore sobre as águas, antes amargas, que se tornaram doces”. Chegariam também o Pedro “Feijão” e Luisa “Abobrinha” que reinariam como “Príncipe” e “Princesinha” da família, lindos, inteligentes, amáveis; majestades que são do “sol nascente”, do “sol poente”, do “Sol da Justiça”, e de todos os outros sóis do Universo. Aguardando outros, “príncipes” e “princesas” , chega também, Iaguinho para que se completasse mais e mais a alegria desta família. Sempre se dirá que O Senhor Deus Poderoso ressarce seu povo de todos os seus prejuízos!
55 - CORA CORALINA, QUE MULHER! :: Falando de patrimônio cultural, no começo dos anos 80, fomos visitar a cidade histórica de Goiás Velha, (a antiqüíssima Vila Velha, do Ciclo do ouro em Goiás. Ali não encontraríamos, nenhuma riqueza maior que Ana Lins dos Guimarães Peixoto, Cora Coralina, poetisa goiana, descoberta muito tardiamente, mas a tempo de poder legar à Literatura e às artes universais, fabuloso tesouro que guardara, até aos noventa anos de idade. Que pessoa fantástica! Que fantásticas, as suas idéias, e observações a respeito de todos os assuntos! Desde os Costumes de sua Terra aos assuntos atômicos, passando pela Teologia (Falando de Certeza da Salvação, Doutrina Bíblica Reformada), Ecologia, Informática e Outras Matérias.
Ao chegar à “Casa da Ponte”, fomos levados ao quarto onde descansava e trabalhava, autografando suas obras. O mobiliário, bastante rústico, combinava com a habitação, onde morou, até pela ocasião de sua morte. Um rapaz que chegara antes, inquiriu sobre a idade cronológica da Poetisa, que respondeu: - “Primeiro, por gentileza, desencoste do portal, que isto é causa de maus fluídos, e segundo, não se pergunta a idade de uma dama”. Tinha na capa do Livro, que me autografou, “Meu Vintém de Cobre”, a sua idade, 94 anos bem vividos, morreria pouco tempo depois. Sua dedicatória, mais ou menos assim: “A dificuldade maior da vida de um homem é buscar trabalho, e não encontrar . Se isto te acontecer, entre em uma igreja, e faze ali a tua oração!” Nas suas obras exalta o trabalho, doceira que foi ao longo de sua vida, paralelamente, ao seu trabalho de versejar sobre os pássaros, sua grande inspiração. Resta-nos a esperança de prosseguir no que fazemos, independentemente, da nossa idade cronológica. Em Homenagem a esta grande Mulher brasileira, escreve estes versos que homenageam, também, as doceiras, garimpeiras das letras, por todo este país:
56 - VILA BOA – QUANTO OURO! ::
Conheci há vários anos, cidade tão afamada
Índios entregam ouro, águas são ameaçadas
Bandeirante que promete queimar todo um rio
A história bem atesta, porém, ouro, não mais resta
Éra ouro pra dedéu, dava pra encher o chapéu
Do grande Bartolomeu
Que embora, Bueno, Anhanguera, ele era!
O ouro dali persiste de forma bem diferente
Nasce Cora Coralina, poetisa e escritora excelente
Que ouro mais verdadeiro, suas estórias contém
Concordam com história, a oficial também
Que não seja por inteiro! Não se sabe que fazem
Com tanto ouro levado
Como hoje não se sabe de dinheiro surrupiado!
Descoberta já bem tarde, a Doceira Caprichosa
Escreve versos, chegados a uma prosa
Escreve, alguém não lê, a prosa como poesia
Mais tarde descobrem que é ouro de valia
Dali, outras surgirão, lavadeiras, bordadeiras
amigas da Coralina, as tardias garimpeiras!
Grande privilégio, o meu, de conhecer tal pessoa
Na casa à beira do rio, Vermelho, da Vila Boa
O que ela está a fazer? A Fazer doce e escrever
O Bandeirante vai embora, só que leva o ouro todo
Fica ali a poetisa, pegando de volta o ouro, com denodo
Ali,então, me estimula a trabalhar, a buscar umas pepitas
Já tenho bastante ouro na minha bateia crepita!
Sobradinho-DF, 09-02-07-abello
AGUARDEM MAIS TEXTO PARA BREVE! OBRG
TEMPOS MEMORIAIS - PARTE III
54 - MOMENTOS DIFÍCEIS, MAS FOMOS RESSARCIDO : : No ano de 1973, a família deste autor passa por momentos difíceis. Uma gravidez, já no nono mês, foi interrompida por parto induzido, devido a morte da criança. O médico em Crixás não conseguia ouvir os batimentos. No Hospital de Céres, os médicos constataram que a morte do filhinho, ocorrera já há alguns dias. Era o rapaz da família, que hoje estaria com 38 anos de idade. O próprio pai, sozinho, o sepultou no cemitério da cidade. À noite dando assistência à sua esposa, que correu sério risco de vida, literalmente desmaiou sobre um sofá do quarto do Hospital. Desígnios do nosso Pai, rico em sabedoria. Logo chegariam àqueles que Deus mandaria para nos ressarcir do prejuízo: Mara, uma linda criança, com um nome “amargo”, mas com muita doçura n’alma, “pois por ordem do Senhor, Moisés lançou uma determinada árvore sobre as águas, antes amargas, que se tornaram doces”. Chegariam também o Pedro “Feijão” e Luisa “Abobrinha” que reinariam como “Príncipe” e “Princesinha” da família, lindos, inteligentes, amáveis; majestades que são do “sol nascente”, do “sol poente”, do “Sol da Justiça”, e de todos os outros sóis do Universo. Aguardando outros, “príncipes” e “princesas” , chega também, Iaguinho para que se completasse mais e mais a alegria desta família. Sempre se dirá que O Senhor Deus Poderoso ressarce seu povo de todos os seus prejuízos!
55 - CORA CORALINA, QUE MULHER! :: Falando de patrimônio cultural, no começo dos anos 80, fomos visitar a cidade histórica de Goiás Velha, (a antiqüíssima Vila Velha, do Ciclo do ouro em Goiás. Ali não encontraríamos, nenhuma riqueza maior que Ana Lins dos Guimarães Peixoto, Cora Coralina, poetisa goiana, descoberta muito tardiamente, mas a tempo de poder legar à Literatura e às artes universais, fabuloso tesouro que guardara, até aos noventa anos de idade. Que pessoa fantástica! Que fantásticas, as suas idéias, e observações a respeito de todos os assuntos! Desde os Costumes de sua Terra aos assuntos atômicos, passando pela Teologia (Falando de Certeza da Salvação, Doutrina Bíblica Reformada), Ecologia, Informática e Outras Matérias.
Ao chegar à “Casa da Ponte”, fomos levados ao quarto onde descansava e trabalhava, autografando suas obras. O mobiliário, bastante rústico, combinava com a habitação, onde morou, até pela ocasião de sua morte. Um rapaz que chegara antes, inquiriu sobre a idade cronológica da Poetisa, que respondeu: - “Primeiro, por gentileza, desencoste do portal, que isto é causa de maus fluídos, e segundo, não se pergunta a idade de uma dama”. Tinha na capa do Livro, que me autografou, “Meu Vintém de Cobre”, a sua idade, 94 anos bem vividos, morreria pouco tempo depois. Sua dedicatória, mais ou menos assim: “A dificuldade maior da vida de um homem é buscar trabalho, e não encontrar . Se isto te acontecer, entre em uma igreja, e faze ali a tua oração!” Nas suas obras exalta o trabalho, doceira que foi ao longo de sua vida, paralelamente, ao seu trabalho de versejar sobre os pássaros, sua grande inspiração. Resta-nos a esperança de prosseguir no que fazemos, independentemente, da nossa idade cronológica. Em Homenagem a esta grande Mulher brasileira, escreve estes versos que homenageam, também, as doceiras, garimpeiras das letras, por todo este país:
56 - VILA BOA – QUANTO OURO! ::
Conheci há vários anos, cidade tão afamada
Índios entregam ouro, águas são ameaçadas
Bandeirante que promete queimar todo um rio
A história bem atesta, porém, ouro, não mais resta
Éra ouro pra dedéu, dava pra encher o chapéu
Do grande Bartolomeu
Que embora, Bueno, Anhanguera, ele era!
O ouro dali persiste de forma bem diferente
Nasce Cora Coralina, poetisa e escritora excelente
Que ouro mais verdadeiro, suas estórias contém
Concordam com história, a oficial também
Que não seja por inteiro! Não se sabe que fazem
Com tanto ouro levado
Como hoje não se sabe de dinheiro surrupiado!
Descoberta já bem tarde, a Doceira Caprichosa
Escreve versos, chegados a uma prosa
Escreve, alguém não lê, a prosa como poesia
Mais tarde descobrem que é ouro de valia
Dali, outras surgirão, lavadeiras, bordadeiras
amigas da Coralina, as tardias garimpeiras!
Grande privilégio, o meu, de conhecer tal pessoa
Na casa à beira do rio, Vermelho, da Vila Boa
O que ela está a fazer? A Fazer doce e escrever
O Bandeirante vai embora, só que leva o ouro todo
Fica ali a poetisa, pegando de volta o ouro, com denodo
Ali,então, me estimula a trabalhar, a buscar umas pepitas
Já tenho bastante ouro na minha bateia crepita!
Sobradinho-DF, 09-02-07-abello
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