Aquela Criança
Me deixem viver por ai livremente
Não sou mais aquela criança
Que você manipulava facilmente
Me forjava seus ideais capitalista
Dessa sua sociedade consumista
Agora sei onde quero chegar
O que quero seu dinheiro não pode comprar
Sua falsa preocupação se refletiu
No alto índice brasileiro de mortalidade infantil
Vende no exterior as belezas únicas do Brasil
Por algum tempo você me iludiu
Mas hoje sou outro, com novos sentimentos
Personalidade própria, sábios pensamentos
Não quero ouvir o que você quer falar
Eu quero viver, você vai ter que me escutar
Um bom tempo fui vitima do seu cinismo
Sonhando com arroz acreditei no seu otimismo
Agora entendo que somos sua fonte de lucro
Que a fome dos oprimidos não é um absurdo
É só o triste retrato de um país Terceiro mundo
Me deixem viver, não sou mais uma criança
Não sou mais seu marionete tenho confiança
Sou aquela criança que chorava sem perspectiva
Uma criança que mesmo no sofrimento ainda sorria
Aquela criança que tinha sorriso sem alegria