Aquela Criança

Me deixem viver por ai livremente

Não sou mais aquela criança

Que você manipulava facilmente

Me forjava seus ideais capitalista

Dessa sua sociedade consumista

Agora sei onde quero chegar

O que quero seu dinheiro não pode comprar

Sua falsa preocupação se refletiu

No alto índice brasileiro de mortalidade infantil

Vende no exterior as belezas únicas do Brasil

Por algum tempo você me iludiu

Mas hoje sou outro, com novos sentimentos

Personalidade própria, sábios pensamentos

Não quero ouvir o que você quer falar

Eu quero viver, você vai ter que me escutar

Um bom tempo fui vitima do seu cinismo

Sonhando com arroz acreditei no seu otimismo

Agora entendo que somos sua fonte de lucro

Que a fome dos oprimidos não é um absurdo

É só o triste retrato de um país Terceiro mundo

Me deixem viver, não sou mais uma criança

Não sou mais seu marionete tenho confiança

Sou aquela criança que chorava sem perspectiva

Uma criança que mesmo no sofrimento ainda sorria

Aquela criança que tinha sorriso sem alegria

FaBinhO Endecha Veraz
Enviado por FaBinhO Endecha Veraz em 02/09/2010
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