Pergunto-me por onde andam as palavras e o vazio que ficou que tiravam rimas tão cheia de mim, há tempos que não dialogava com o silencio e não escutava meu choro, meu medo, minha saudade... A taça de vinho ainda sob a mesa... A garrafa vazia, a musica interrompida pelo pensamento que voava alta e buscava algo ou alguém, cujo qual me fazia bem...
O cinzeiro sob a mesinha do quarto, a carteira de cigarros vazia e a lagrima que descia sorrateiramente com certo medo de que eu perceberia... E assim não deixaria ela percorrer seu caminho ate meus lábios e me provar que o gosto doce e salgado é a própria vida nessa hora.

Olhando o céu escuro que pinta a madrugada chegando... Observava a faxina das estrelas caindo-se... Morrendo em algum lugar sob o chão da terra e meu silencio se quebra com um grito abafado... Teu nome, teu pequeno nome e então acordo o sol.

Meus olhos petrificados pelo sono que veio e que se foi... As mãos frias e os lábios vermelhos de tanto morde-los pelo desejo que enterro dentro de mim.

Queria saber de ti...
Ler teus sonhos, beber teu álcool, tomar teus remédios, falar ate o amanhecer... Gozar dizendo que te amo...

Queria... Mas não sei, não sei de ti...