Você me perguntou se eu existo!
E a resposta foi rápida, sim...
Mas tem vezes que não.
 
Quantas foram as vezes que fiquei exposta em situações inadequadas ou adequadas dependendo do ponto de vista me sentindo e ser percebida como se todos os olhos estivessem voltados pra mim... Olhares de admiração, de raiva, de ódio, de dó, de pena, de felicidade, de amizade... E muitas foram às vezes, que me sentir inexistente para pessoas que ainda hoje existem em minhas memórias... É bem verdade que tudo o que soa mentira e falsidade como forma de conquista eu apago, corto pela raiz e esqueço...
Recebi um email sem sentindo algum de um alguém qualquer me perguntando se era eu que deixava comentários assinados com outros nomes... E na bucha e de imediato, respondi “Não sou”... Não preciso me ocultar pra ninguém, não preciso usar de artifícios para ter atenção de alguém... E se um dia atenção eu quiser, eu peço... Identifico-me, caso contrário... Nem me dou o trabalho de querer ser anônima... Não tenho pretensão de anonimato.
 
São 04 anos de site...
Momentos de altos e baixos... Aqui tem muito de mim e por isso, cada imagem é buscada com carinho e tratada com cuidado pelas letras... As musicas, é a musica do meu dia a dia que me faz sair da realidade e ir ate algum momento bom vivido... E quem ler, ouvir e ver saberá do que se trata ou apenas sentirá aqui a minha mais que presença... Eu encarnada na imagem da capa... A menina sentada no meio da grama, embaixo de uma mangueira... Com o seu leptop no colo olhando o infinito, ouvindo essa musica que vem do som do carro ou do Ipod e as letras vindo... se misturado com lembranças gostosas, com saudades que machucam, com dores de distancia falsificada, com perdas de vidas que são e seriam meus pilares de quem sou ou do que poderia me tornar... Os medos dos amanhãs, o morrer, a cura...
 
Então olhei no fundo de meus olhos cor de mel esverdeados e disse...
Garota, você é Maravilha... Uma guerreira... Uma gueixa... Uma chuva que passa rápido... Um trovão que faz barulho depois se cala... Uma rosa hibrida de pureza não definida... Um espinho fino e cortante... Um azedume e um mel... Mas decidida e sonhadora... Amante de mil anos, namorada de um sol quente e idiota que queima mesmo soprando vento de silencio e distanciamento... Uma lua que observa milhões de almas que se amam de verdade, alguns milhões que articulam ser amados, outros milhões que acham que são amados e muitos milhões que me olham pedindo alguém para apenas estar do lado segurando as mãos em um silencio de cumplicidade...
 
Não sei quem sou...
Mais gosto de ser verdadeira comigo e com todos ao meu redor, se amo? Amo! Se odeio? Simplesmente ignoro! Se me decepciono? Simplesmente apago da memória as dores e cultivo algo bom, porém, sem contato ou aproximações...
 
Mas sei que sou boa no que me proponho a fazer com carinho e dedicação... Quando amo, não vejo barreiras... Quando quero, vou ao limite de mim pelo prazer de que algo dê certo se não dê, simplesmente sorri por que tentei...
 
Hoje literalmente oca...
Sem alma, sem emoções, sem sorrisos, sem esperança (nesse agora)...
 
Queria poder estar dentro de um braço largo, demorado e sincero... Queria poder ver o brilho de meus olhos refletido em uma retina amiga... Queria poder falar sem parar e perceber que alguém me escuta...
 
Hoje,
Não sei se existo, querido Bergamo...
                ...Irei gritar o silencio que habita em mim...