À dois

Reinou sozinha, àquela tarde;

trouxe o silêncio,

ainda que triste;

feito um estômago vazio,

desanimado e vivo, simultâneamente,

semente, que vinga em terra seca;

e tão fácilmente,

não dá fruto, não dá flor,

finge, vestida de amor.

E como todas as outras, peca!

E com o rosto da melhor amiga, erra!

Bate a porta, mais não fecha.

Ri, maltrapilha pelos cantos

como se não soubessse ser só!

Retorna ao pó,

e de lá outra vez,sobe.

Mais que a sorte,

não vejo teu rosto

e não sabes mais por onde vais.

Para mim, morre, some!

E com o grito,

que de madrugada molesta o fraco;

não conhece ainda o perdão.

Vampiro, atirador,

não sente pena do abandono,

abate a si mais que o alvo;

sem compaixão,

em meio a um deserto de fogo,

caça e é caçado;

mas mora pela noite ainda,

e não vê a lluz do sol.

Edmilson cunha

19.02.2010

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 01/03/2010
Código do texto: T2113905
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