Eu estava apaixonada e sabia que ele era um homem complicado… acontece que ele não me amava como eu desejava, me amava de uma forma única e na forma dele, e não a minha... Isso não me faz sentir a menor das criaturas, a mais insignificante do mundo dos enamorados, mais me causa em um determinado momento a sentir dores em lugares nunca antes sentidos, em lugares que nem sabia que existia no corpo. E não importa quantas vezes corto os cabelos, mudo de penteado e de cores, a academia que me prometo a voltar e as inúmeras taças de absinto que dividi com meus amigos para esquecer um momento que poderia ter acontecido, e que pela imaginação que me faltava, me afundava na realidade que doía... E no final do dia, eu ainda ia para a cama todas as noites pensando no que fiz de errado, como poderia ter interpretado mal alguma palavra, intenção, ação ou reação...
 
E por um breve instante achamos que tudo poderia ser diferente, que poderia ser feliz... Às vezes ate me convenço, que em um passe de mágica o amor de minha vida, ira bater a porta com o buquê tulipas e com os olhos brilhantes de felicidade...
 
E depois de tudo isso, passe o tempo que passar, agente vai para um novo lugar, conhece pessoas novas que nos fazem valorizar e pedacinhos de nossa alma vão finalmente voltando... Se reconstruindo, e aquela época turva, aqueles anos da vida que se desperdiçou...
 
Tudo começa a se dissipar.

Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 05/06/2009
Reeditado em 05/06/2009
Código do texto: T1633035
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