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        Nascida em Governador valadares,
    ( Minas Gerais ) 
       Tendo vivido os primeiros anos na roça,
sem conhecer nada ou ninguém de outro universo que 
não o do campo, desenvolvi uma ligação intensa com a natureza abundante que me cercava.
       Aos 5 anos de idade, minha mãe me trouxe       para o Rio de Janeiro e resolveu me internar em um colégio de freiras só para meninas 
    ( um orfanato já que me criava sem pai )  Lá,       passei o resto de minha infância e adolescência.
    Muito carente e diferente das outras                 meninas,cresci sózinha e largada pelos cantos do     colégio.
     Assim que aprendi a ler e escrever as             primeiras palavras, descobri que além da             natureza e solidão, eu tinha um novo universo para explorar e me consolar.
     Começei a brincar com as palavras às vezes       sem siquer saber o significado delas.
      Muito curiosa, ficava ligada no vocabulário das freiras e das professôras, hávida pra           aprender novas palavras.
      Assim, de rabisco em rabisco, escrevi meu       primeiro versinho dedicado as mães e                 orgulhosamente mostrei à tia,( professôra ) ela leu, franziu a testa e séria me disse: bonito! copiou de onde?ao que respondi indiguinada: de lugar nenhum tia! fui eu sozinha que fiz! Ao que ela, brava, respondeu: Ah é? foi sim! tia! Então vai ficar de castigo pra aprender a não
mentir nem copiar ou se dizer dona do trabalho     dos outros!
      Não preciso nem dizer, que levei muitos meses     sem conseguir escrever nada... e quando voltei a       faze-lo de novo fiquei obsecada por esconder tudo o que escrevia afim de que ninguém lesse!
      Mas, graças a Deus, eu não parei de rabiscar     e até a data de hoje, quando resolvi libertar       meus rabiscos das gavetas em que os mantive       presos. (não mostrava meus escritos à ninguém,) além é claro, dos que eu fazia nas redações escolares, onde até cheguei a ganhar alguns prêmios...
      Talvêz por isso, minha poesia seja meio             limitada e um tanto brega, mas, isso realmente não me importa muito.
      Tudo o que quero é mostrar o que penso e sinto...    
      Porque descobri que: Quando escrevo, eu           posso ser eu mesma, e que, na poesia, minha alma viaja, livre, leve,solta, em um universo sem fronteiras, imposições ou castigos ! ! ! 
   
                        Flor de Lyz


           FLOR DE LYZ POR FLOR DE LYZ
                           
                          SOU...

        Às vezes...
          Sou como raiz de uma ávore,
            Com os pés bem fincados na terra...
              Às vezes...
                Sou flor a desabrochar,
                  Pra com meu perfume
                   À minha volta perfumar !
                   Às vezes...
                   Sou nuvem a deslizar 
                 Suavemente pelo firmamento...
               Quando triste...
             Sou a gota de chuva que cai,
           E ajuda a fertilizar o grão semeado...
         Quando alegre...
       Sou o raio de sol que aquece o universo !
       Fato é que...
       Simplesmente sou, e me sinto assim...
         Trago contidos em minha alma,
           As forças da mãe natureza
             A me inspirar e conduzir!
               E tudo em mim...
                 Não sei porqe...
                   Exala... P O E S I A...

                       Flor de Lyz

                       

              COLHENDO ESTRELAS
     
       Colhendo estrelas a vida inteira, tentando transformar espinhos em rosas, e a realidade triste e feia, com sonhos enfeitar.
       Queda por queda me levantando, e tentando de novo recomeçar...
       Colhendo estrelas de sonhos e poesias, mesmo sabemdo que a tristeza me foi dada como "MADRINHA" desde que nasci, posso dizer tranquilamente,que me AGARREI DESESPERADAMENTE à você prá tentar sobreviver... E mesmo sem rimas... estrofes... quadras... ou simetria, mesmo pobre... cafona... e sem valor literário, você foi e será sempre 
***MINHA POESIA*** a mais importante... preciosa... maior... e mais ***BRILHANTE*** das estrelas que até hoje colhi ! ! ! 


                         Flor de Lyz
                  05 de fevereiro de 1963


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***ESTA FOI A PRIMEIRA ESTRELA QUE COLHI...***



 Sou pequenininha e a minha mãezinha 
   Lonje de mim está
     Ela me deixou aqui neste orfanato
       Por que é muito pobre
         E não tem dinheiro pra me criar!
           Por isso, neste dia das mães
           Eu quero te dizer
           Minha mãezinha querida
         Que eu nunca vou deixar de te amar
       E um dia eu vou crescer
     E nunca mais de ti vou me separar !
   Porque o meu amor por você
 É bem maior que o infinito mãezinha !
 FELIZ DIA DAS MÃES PRA SENHORA!
             
                  DIA DAS MÃES DE 1959
                  AOS 6 ANOS DE IDADE