Perfil
Não sou uma poetisa se procurarem pelo rigor literário e
nem tenho a pretensão de ser, apenas escrevo o que dita a
minha alma, com a simplicidade e emoção de uma menina
nascida entre as montanhas de Minas, numa pacata
cidadezinha, Piracema, onde vivi até os 15 anos.
Recordo-me com saudades da minha fascinação por
declamar, aprender e descobrir novas poesias. A escola
“naquela época” incentivava a leitura e principalmente,
valorizava a poesia. Gostava também da prosa e aprendi a
gostar lendo Machado de Assis, Saint- Exupéry, Hermann
Hesse, Khalil Gibran e pasmem, até Dom Quixote eu li no
início da adolescência.
Mais tarde já morando em Belo Horizonte, uma vida
diferente na metrópole e acabei por extraviar um pouco
deste caminho, embora tivesse desenvolvido um outro
gosto, o de escrever, textos, poemas, uns poucos contos.
Posteriormente cursando Letras, uma escolha que parecia a
mais certa, contrariamente ao que eu esperava e nem me
perguntem porque, não saberia dizer, parei de escrever.
Vale lembrar que não havia computadores disponíveis e
arquivava somente no meu caderninho de “anotações”, como
eu o chamava, que se perdeu e lá se foram os meus
arquivos. Daí em diante a vida tomou outros rumos,
casamento, família, prioridades e os sonhos da menina que
queria ser poetisa foram se distanciando. A literatura
sobrevivia em meus encantos e lia...lia e lia, sempre,
mas não escrevia, travou-se o interesse, sabe-se lá
porque.
Aos 45 anos voltei para a faculdade, mas desta feita
para satisfazer um outro velho sonho, atuar na área de
saúde. Formei-me aos 50 anos em Nutrição Humana e em
seguida tornei-me pós-graduada. Neste ínterim, já
“íntima” do computador, tive gratas surpresas, reler os
meus ídolos da literatura, os poemas de Cecília Meireles,
Olavo Bilac, entre outros tantos que povoaram o meu
universo infantil. Acreditem, chorei copiosamente um dia
ao encontrar em minhas buscas na internet, poesias que eu
havia recitado na escola. E nesta busca da simbiose do
bom alimento para corpo e do bom alimento para a mente é
que "ressurge" a paixão pela poesia.
A internet também me propiciou muitas outras
benesses e entre elas apresentou-me poetas maravilhosos,
que não seria possível por outra via. O primeiro deles e
a quem devo toda a minha admiração e agradecimento, Jorge
Eduardo Maia, um amigo querido, que reacendeu em mim o
estímulo para voltar a escrever.
Em seguida outro poeta teve um papel fundamental e
dele muito de vocês aqui do Recanto, conhecem o grande
talento, um mestre na arte de “poetar”, Cláudio Santos, o
Cláudio poeta, meu grande amigo, a quem amo muito e a
quem devo por estar aqui junto a vocês agora. Sempre me
incentivado, motivando e colaborando com toda a
amabilidade e disponibilidade próprias do jeito dele de
ser.
Não devo esquecer-me de outros poetas, escritores, que
também tiveram uma parcela nesta influência, inclusive
muitos daqui do Recanto, mas aqui não cabe citar nomes,
para não incorrer em erros de memória, embora eu os
agradeça igualmente.
Ao Eduardo Maia e ao Cláudio Santos, aos quais devo
o meu “ressurgimento” nada há de agradecimento, que eu
possa transmitir em palavras, que lhes faça a devida
justiça e então coloco todo o meu afeto, carinho e
gratidão na palavrinha mágica, OBRIGADA!
A você que me lê agora e a quem tenho o prazer de
receber e de apresentar-me, seja muito bem vindo(a) e
obrigada por partilhar seu tempo comigo.
Celêdian Assis
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