Todas minhas

Eu vos garanto, senhores:

são todas minhas de fato.

Talvez nem sejam tão belas

como as que estão nas novelas,

nas mais chiques passarelas

sob os "flashs" do estrelato.

Mas vos garanto: são minhas!

São minhas! – de mais ninguém...

Tamanha a exclusividade.

Já o eram, de tenra idade,

E as possuo com a vaidade

De quem a todas quer bem.

Senhores, eu vos garanto:

Eu, Éver Silva, sou dono

Delas todas; não divido.

Quando eu perder a libido,

Juntas ao “anjo caído”

Velarão seu triste sono...

Ai! Que vos digo e garanto:

Já fundimos nossas vidas,

Nenhuma empreende fuga!

E são tão comprometidas

Que eu as chamo de Queridas

Enquanto as chamam de Ruga.

Éver Silva – São Paulo, 28/04/2012 – 23h41