°°<°° A morte °°>°° Simples, morte!
A morte é um abismo sob os pés
É caminhada certa que é incerta
O silencio da voz que fica saudade
A dor que não dói... Incomoda!
É o não entender e o entender
Angustia que vem, vai e passa e fica;
A sensação de presença ausente
O ente querido que foi mais que ficou.
O que és na realidade que pulsa?
O conformismo de não sermos nada
E nada de bom o traz de volta;
O bom filho Deus chama... O bom!
Ficam os maus? Os não dignos??
O que é a morte realmente perante o mundo;
É a certeza somente de quem nasce?
Nascendo já pra morte se prepara?
Aprendemos tudo ao longo da vida
Mas nunca aprendemos a lidar com a morte
Não há entendimento certo, incerto
Mais é certo... Certo é... Certo!
Compreender a falta de quem se foi
Entender o que realmente seja solidão
Buscar nas paredes a voz de quem se foi
Assumir a saudade...
A morte é um salto de pára-quedas no vácuo
O vácuo da alma que se desprende..
E o corpo cai jaz morto e sem suspiro;
Onde todos tocam e despedem em desespero
Em conformismo em revolta em lagrimas pesadas.
O que seja a morte que hoje dialoga comigo
Quem és tu? Amigo ou inimigo?
Anjo ou demônio?
Felicidade ou tristeza?
Fim ou o verdadeiro começo??
Os pés na beira do abismo asfaltado
Que a lagrima que vem e vai...
A confusão se triste ou descrente de tudo
O que és? Quem tu és?
Leve? Me leve?
E convença-me a ser assim, sempre leve!
Que minha ausência seja breve,
E os sorrisos lágrimas de quem acreditou na vida;
Que pode sumir assim, subitamente sem "porquês"...
E voar sem ninguém vê;
E nem mesmo saudade deixar...
Partir sem dores e vivendo pela vida;
Enquanto a vida lhe dá rasteiras surpresas
Onde o asfalto do abismo se abre;
E assim, puff...
Nada mais há!
<<Imagem cedida pela poetisa Parabolika>>
