Vamos, vamos rapidamente oh meu amor sair daqui! Aqui não lhe coube, não nos coube este lugar arredio destinado às almas que abraçaram a sua má sorte; essas almas imoladas. Muitas lágrimas aqui foram derramadas, lágrimas por medo, lágrimas das suas feridas não cicatrizadas. Foram muitas as lamúrias que aqui escorreram salgadas como as que salgam o "mar morto" esquecido. E segure na minha mão oh amada minha e deixa a na minha bem apertada. E não as soltemos a nada, nada ó meu bem, mesmo se sentirmos calor as deixando até escorregadias por estarem transpiradas. E prontos estai e correndo vamos... Vamos... Pisando por este chão deste vale cheio de ossos secos o vale sinistro. E pela ilharga se ouvem choros dessas almas vagas náufragas e inquietas. Continuemos correndo pisando no chão deste vale cheio de ossos sem suas vidas, sem amor, sem o perfume das flores, e sei que nem sequer o terão lírios. Neste vale infeliz; sem êxito e no alto se vê nuvens negras que o cobre por inteiro, e nos querendo cobrir para extrair a presença do nosso amor que o temos, as querem as chorosas almas frigidas em trevas. Oh meu amor! Sei que estás cansada por estarmos correndo sem parar e ainda na pressa e – Hei!
- Olhe o lugar por onde adentrei! Veja, amada veja! Daqui eu avisto o jardim bonito, este que oferece muitas belezas em vida, como a paz ao espírito, suas centenas de lírios vermelhos e ali também se sente uma força que vem de cima! E... Saímos ó meu bem! Saímos do vale dos seus holocaustos sombrios e você numa respiração ofegante me dizendo:
Amor... Amor... -E do teu fôlego o restabelecido ce diz-me: Amor, amor... Oh meu grande amor! Eu te amo!
Oh amada! Soltemos as nossas mãos suadas e do nosso amor consagrado se abracemos. Agora assentemos por alguns instantes no meio deste jardim aprazível, no apreciando o que vemos, e de tuas vistas as observe acima o céu azul azulzinho com eles repletos de pássaros a revoar, e bem acima deles, nuvens esbranquiçadas; e no vindo aclamar com júbilo: o nosso querido sol forte! - Oh amado meu! Beija-me, beija-me e saiba que muito eu o amo!
Eu também te amo e como eu te amo! Vamos meu amor, unidos vamos para o nosso aposento e vamos indo. Eu o digo -Amor, amor... Oh meu grande amor! Ela nos quer ao seu vale de ossos e para o alívio de sua dor; nos imolar.
Eu a digo -Amor, amor... Oh meu grande amor! O nosso amor tem a graça do divino!