O Jesus de Djara e demais considerações

O Jesus de Djara e demais considerações

 

 

 

 

 

 

 

Luiz Djara Leal escreveu, que eu saiba, 4 livros, sendo que o último ainda não foi publicado. Registrado na Biblioteca Nacional em 2005, eis o título e o subtítulo: "POR QUE NÃO SOMOS FELIZES ... SE ESSE É O OBJETIVO DE TUDO QUE FAZEMOS?"(PEQUENO TRATADO SOBRE O QUE É O HOMEM, SUA ORIGEM E NATUREZA, SEUS DONS E APTIDÕES E SUAS FINALIDADES, OS ERROS NO SEU USO E SUAS CONSEQÜÊNCIAS, E O QUE É PRECISO SABER PARA PODER CONSERTAR TUDO).

 

Esse trabalho chegou em minhas mãos em meados de 2008, 216 páginas, um bocado de informação espalhado em 12 capítulos. No capítulo 2 temos "O MENSAGEIRO DIVINO”. São 17 páginas subdivididas em 7 tópicos.

 

Trecho 1: "Jesus, em dado momento de sua existência, resolveu abdicar de toda a onipotência e onisciência que tinha e assumir uma forma humana, de modo a viver como nós e com os mesmos recursos que nós, e assim ir realizando paulatinamente em si as mesmas potencialidades que cada um de nós tem.”

 

A intenção do artigo visa não apenas uma ênfase no citado autor, como também homenagear, além dele, mais dois escritores e difundir a idéia do Cadastramento do Intelectual Brasileiro, idéia essa concebida por outra autora, Dulce Mascarenhas, e divulgada em programa de rádio da web no ano de 2004. Na época, palavras textuais dela: "Considero essa a idéia mais feliz da minha vida. (…) Que alguém possa levar a todos os rincões os expoentes, as fênix da literatura, para o patrimônio cultural do Brasil”.

 

Trecho 2: "Se Jesus fosse um homem como nós jamais poderia ter feito as coisas que fez, e muito menos ainda realizar o milagre de fazer com que pessoas simples e com rudimentar instrução como eram os apóstolos, compreendessem e muitos anos depois de sua partida nos transmitissem aqueles conhecimentos que lhes deu só com palavras, sem nada haver escrito, e que os apóstolos tivessem conseguido transmitir com perfeição e de maneira tão concisa e profunda conhecimentos que a psicologia até hoje ainda não alcançou plenamente”.

 

O livro de Luiz Djara veio através de seu filho, grande amigo meu, para efeitos de uma eventual confecção de capa e diagramação. Esse ano nos encontramos, indaguei se a obra havia sido publicada, ele me disse que não e na hora pedi permissão para colocar uma coisinha na web, o que ele me autorizou de imediato. Há tempos isso me ronda a mente. Dispondo os fatores de forma linear, primeiro veio o conceito exposto pela Dulce, depois a leitura do "POR QUE NÃO SOMOS FELIZES …”. Somei 2 e 2.

 

O trabalho do Djara é de fôlego.

 

Trecho 3: “O Pai é maior do que eu, ou seja, Jesus não é igual a Deus mas o mais próximo que é possível, o Infinito menos um".

 

Algo que a aspiração nos dá, depois de anos aspirando, é a compreensão, mesmo que rudimentar, da complexidade senão da envergadura do que se aspira. Mesmo sem ser nenhum Beethoven gosto muito de música. Já sei que nesta vida não irei tocar como um Nelson Faria ou Daryl Stuermer, entretanto, quando me deparo com o trabalho deles já está embutida em mim a ligeira noção do grau de adiantamento desses indivíduos. O mesmo se dá com a escrita. Quem me dera ter condições para escrever "Contraponto" (caso não tivesse sido escrito). Resumindo, a aspiração me forneceu condições de admirar sob perspectivas particulares. E aproveito o ensejo para afirmar, venho de um tempo em que não era preponderante concordar com o autor, importava a maneira como ele fazia.

 

Um ano depois de ter conhecido e lido o último sopro literário de Luiz Djara Leal ganhei de presente, das mãos do autor, o livro "Quinta Colônia - Dimensão e Caminho do Paraíso”, 165 páginas, de Jacó Filho. Sim, o Mestre Jacó Filho aqui do RL, “nobre artífice das letras”, o único recantista que conheci pessoalmente, cujo trabalho nutro profunda e incondicional admiração. "Quinta Colônia…” também é uma obra de fôlego, uma corpulenta aula sobre o intercâmbio que ocorre incessantemente entre o plano do Espírito e o Terreno, desde o início de tudo. Trata-se de um painel incrível sobre a aventura humana neste planeta, todavia sempre, reitero, sempre de mãos entrelaçadas com o Espírito. Nas palavras do Mestre Jacó Filho: "Dedico este livro a todas as pessoas que buscam despertar a própria consciência e partilham o pão do conhecimento com suas comunidades, provendo a evolução de uma consciência coletiva”.

 

Trecho 4: "Dizer que Jesus aceitou padecer, nas últimas 15 horas de sua vida neste mundo, os maiores sofrimentos, torturas, humilhações e morte ignominiosa na cruz para pagar nossos pecados, além de ilógico e irracional, é chamar Jesus de mentiroso, porque em muitas ocasiões ele disse claramente qual era a sua missão aqui neste mundo, que era de nos ensinar, de nos transmitir os ensinamentos necessários, de nos iluminar para que não vivêssemos nas trevas, para sabermos como deveríamos ser e viver, e nos comunicou que não seria ele nem Deus que nos julgaria, mas tão somente nós mesmos em função de, no uso de nosso livre-arbítrio, nós observássemos ou não os seus ensinamentos, e que disso decorreria o termos ou não a vida eterna, e isso, evidentemente, nada tem a ver com seu calvário”.

 

Alguns anos depois, ainda com os pés no raciocínio do tempo linear, ganhei de presente, de outro recantista, o livro “A Inteligência de Cristo”- autor - Celso Felício Panza. Meses antes ele me presenteara com o título "Ensaios da Alma”, trabalho que me fez repensar seriamente minhas inclinações de escritor, tão abalado fiquei perante um caudal ininterrupto de frases superiormente elaboradas. Ainda que desnecessário, saliento que tanto o sr. Jacó Filho como o sr. Celso Panza são amigos virtuais cujas inteligências e capacidade de expressá-las por meio da palavra escrita são para mim fonte de perene aprendizado e inspiração.

 

“A Inteligência de Cristo” tem 11 capítulos inseridos em 160 páginas e pode apostar que uma vez mais direi: é uma obra de fôlego.

 

Por me faltar absoluta competência para tecer de forma apropriada comentários dignos ao livro de Celso, ouso timidamente apenas destacar sua força verbal incisiva somada a justeza de entonação e tomo a liberdade de inserir três citações, inscritas respectivamente nas páginas 25, 37 e 45: "Jesus não pertence ao seu tempo, mas aos tempos; ao mundo em que viveu, mas aos mundos. É a bússola de todos os séculos”. "Não nasceu o Cristo para ensinar e tratar de particularidades já que é o centro da universalidade”. "Cristo não veio para aprisionar vontades, mas para libertar o sentido de discernimento e da avaliação indicando caminhos, tão somente”.

 

Pelo que pude deduzir, o anseio da escritora Mascarenhas nasceu antes do surgimento da Web 2.0. E digo isso pois o aprimoramento da internet a partir dos anos de 2004 e 2005 por si só já se torna ambiente e ou plataforma adequados a esse Cadastramento do Intelectual Brasileiro. Ademais, não fosse a web e minhas chances de conhecer as obras de Jacó Filho e Celso Panza seriam no mínimo ínfimas. O fio que entrelaça esses dois autores ao título do artigo é O Mestre Jesus. São, digamos olhares sobre Ele. Em “A Quinta Colônia” o Cristo está presente em vários capítulos. Celso Panza teceu um livro inteiro sobre O Nazareno. E Luiz Djara Leal dedica uma parcela de seu trabalho ao Príncipe da Paz. Nenhum desses autores trata de religião. Como se disse, são olhares.

Olhares não faltam e se complementam.

 

O Jesus de Aaron Sorkin é alegre. Na opinião do consagrado autor de cinema e tv Jesus teria de ser alegre para cativar tantas pessoas ao seu redor.

 

"Somente Deus é Poder.” Eis o que o mestre Jesus quis dizer ao proferir: "Eu de mim mesmo não posso fazer nada" ou "maiores obras do que estas você fará". Ele nunca pretendia ser o único filho de Deus, mas um mundo ignorante que procurava poder fora de si declarou que Jesus era o único filho de Deus. (Canalização de agosto de 2016 dos Arturianos).

 

No texto de Maiana Lena publicado em novembro deste ano, 2017 é o tempo da semeadura de Jesus na Terra. Em canalização recente da Mestra Rowena, "o Mestre Jesus irradiou sua Luz sem julgar, sem atacar, ou sem entrar na mesma vibração energética que tentava combater”.

 

"O mais bem nascido homem que houve, nem pode haver, foi Cristo; ninguém teve melhor pai, nem melhor mãe; e foi notar Santo Agostinho que, se Cristo nasceu bem, ressuscitou melhor”. (Padre Antonio Vieira)

 

Certos olhares sem dúvida nos acrescentam.

 

Djara aprofundou-se em pesquisas acerca da ressurreição de Cristo, no intuito de, segundo ele, "ter a mais plena e total certeza de sua divindade”. Uma afirmação que em última análise soa tão somente como cacoete de escritor já que, lendo-o, percebe-se que sua intimidade com o Chohan do Sexto Raio denota substancial abrangência.

 

A seguir, trechos ilustrativos com relação ao Sudário:

 

1. "Consideremos também que houve um erro de tradução no Evangelho de João referente à palavra grega “keimena” no relato em que João e Pedro chegaram ao sepulcro e viram os lençóis “jogados no chão”, quando na verdade eles viram os lençóis “aplainados, murchos”, que é o significado correto daquela palavra grega, ou seja, viram que o corpo que estava dentro dos lençóis havia desaparecido sem que os lençóis houvessem sido desenrolados, como se houvesse se volatilizado, evaporado”.

 

2. Erich Jumper, da Academia da Força Aérea em Colorado Springs, EUA, disse que: “Uma hipotética ação química ou bacteriológica fica excluída na formação da imagem no pano. Fica absoluta e definitivamente descartada a possibilidade de que as imagens do sudário se formaram por contato. Elas são tridimensionais. O homem retratado no Sudário emitiu – 36 horas depois de morto – uma misteriosa e desconhecida radiação que chamuscou o sudário que o cobria de modo uniforme, havendo uniformidade de impressão tanto na zona superior como na inferior, sem nenhum contato, como se o cadáver houvesse levitado ou evaporado. (…) Essa radiação desconhecida para a ciência deve ter sido igual em todos os pontos do corpo. Só assim poderia ter impressionado com a mesma intensidade luminosa partes tão diferentes e distantes como a nuca e os pés. E essa energia só pode provir do interior do corpo.

 

3. De acordo com as provas hematoscópicas feitas no sudário, ficou constatado que havia marcas que, sem sombra de dúvidas, eram de sangue, mas que, de maneira inexplicável pela ciência, não havia vestígios de sangue, ou seja, mesmo sem haver sequer vestígios de qualquer dos componentes do sangue, milagrosamente as marcas ficaram.

 

4. É verdadeiramente sobrenatural que um lençol comum, no qual nada se vê a olho nu, tenha sido guardado durante séculos por inúmeras pessoas e entidades, até que ao ser fotografado, pela primeira vez em 1898, verificaram haver impressa nele a imagem de um homem.

 

Esse artigo conta até o momento com 1.778 palavras. Ao

passo que nenhuma delas é suficiente, e tampouco pretende, para dimensionar a importância do Filho de Maria seja em nossa história ou em nossas vidas, todas reúnem a intenção de enaltecer a obra dos intelectuais aqui citados e sua contribuição para o aprimoramento de seus leitores, entre os quais me incluo.

 

Encerro com duas citações, a primeira, de Celso Panza: “Cristo renovou a esperança pelo amor que pregou, desinteressado, ao semelhante, o desvelo que protege os irmãos sem reservas, amor que reverencia os pais, suas memórias, que faz o cálice único onde todos saciam a sede de justiça na comunhão de vontades, que é abrigo e carinho pleno, sem exclusões, que é verdadeiro amigo, mas antes de tudo generoso com o desconhecido que necessita de auxílio e socorro, o amor ao próximo, a chama que não se apaga nunca".

 

A segunda, de Adamus, no Shoud realizado em 10 de dezembro de 2016: “Não se trata realmente do nascimento de Yeshua, que não foi em dezembro. Ele era de peixes. Eu ainda gosto de chamar de época de Natal. Talvez não seja mais politicamente correto. Acho que vocês chamam de “época das festas”, mas, para mim, é a época do ano em que todos nós nos lembramos de por que viemos para cá – para plantar a consciência da Semente Crística na Terra. (Em inglês, Christmas vem de Cristo).

 

 

 

 

(Imagem: "A ressurreição da filha de Jairo",  de Gabriel Max, 1878)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bernard Gontier
Enviado por Bernard Gontier em 16/02/2023
Reeditado em 13/03/2023
Código do texto: T7720927
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