Bolsonaro Enroscado no Velame de seu Paraquedas-Político
 
Foi o antipetismo que ajudou a colocar Jair Bolsonaro na presidência da república. O povo brasileiro, em sua maioria, decepcionado com o PT que, roubava e deixava roubar muito, a tal ponto de ser taxado como o “partido mais corrupto” que este país já teve, resolveu tentar mudar tudo isso. A reboque da bem sucedida operação Lava-Jato que conseguiu mandar muita gente graúda para a cadeia Bolsonaro foi eleito, também, com o apoio maciço dos militares.
Assim, um ex-capitão-paraquedista conseguiu cair de paraquedas no Planalto, mas até hoje não conseguiu dobrar o velame do próprio paraquedas-político. Todo paraquedista aprende que o velame empina e ajuda a funcionar como freio permitindo uma “aterrissagem suave”. Mas, ao que parece o seu paraquedas “deu um pequeno charuto”, no início de seu governo e, ele continua meio enrolado.
Bolsonaro demonstrando certa insegurança virou um tagarela contumaz, atua de maneira intempestiva e estabanada. É pouco chegado a um diálogo, diz o que lhe vem à cabeça e acaba ofendendo as pessoas gratuitamente. Ofende as instituições e as pessoas por suas crenças religiosas e discriminações baseada no gênero ou sexo das pessoas.  
Tem uma capacidade inata para se meter em confusões. Rifa e chuta para escanteio seus velhos amigos, sejam eles civis ou militares, aqueles, inclusive, que o apoiaram a se eleger.
Em poucos meses de seu governo, começaram a aparecer alguns esqueletos nos armários de seus filhos. Irresponsáveis, explosivos e mimados acabaram se tornando uma séria ameaça para a governança do próprio pai.
O que tem ajudado a segurar este governo são as atuações dos ministérios da Economia, com Paulo Guedes e da Justiça, com Sérgio Moro. Mesmo diante deste cenário que se formou contra a Lava-Jato, com os “Poderosos” dominando um Supremo acovardado, como dizia o próprio Lula, o ministro Sérgio Moro, ainda continua tendo um grande apoio popular. E, no caso de Guedes, vale aquela célebre frase que virou “Case” de marketing eleitoral nos EUA: “É a economia, estúpido!”.
Bolsonaro tem tudo para reverter esta situação, mesmo se metendo em algumas  trapalhadas neste inicio de seu governo, já que ainda lhe restam três anos e um pouco mais de dois meses para governar. Agora, se continuar nessa batida, vai chegar uma hora que, como alguém já escreveu, só vai restar ele e sua trupe familiar, o Zero Um, o Zero Dois e o Zero Três.
De qualquer forma precisamos continuar acreditando e, sem nenhum tipo de ‘demagogia cristã’, adotar a célebre frase que norteou a campanha do próprio – “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.