Eu Gosto de Desafios

EU GOSTO DE DESAFIOS

Eu gosto de pessoas que usam estas palavras como sendo a expressão real de sua atitude de vida. E não somente eu, mas todos os gestores do atual mercado de trabalho têm predileção por indivíduos com esta identidade, a identidade de gente que gosta da vida com tudo que ela tem a oferecer, as oportunidades e os impedimentos. Gente de atitude, que resolve abrir as asas para voar no meio da tempestade como fazem as águias; pessoas que contemplam as montanhas e não se paralisam pelo medo, sobretudo motivam-se pela possibilidade de ver horizontes maiores e mais belos e pelo sabor da conquista.

Os desafios podem surtir dois efeitos, o de nos paralisar, por exemplo. Muitos de nós oramos, rogamos, imploramos por uma oportunidade na vida, e quando ela surge diante de nossos olhares surpresos, encolhemo-nos, acovardamo-nos, achamos que não somos capazes. A visão da responsabilidade impressiona mais do que a perspectiva das possibilidades. “Eu não estou pronto, eu não esperava, logo agora”. Começamos a racionalizar e pensar que outros mais capazes poderiam estar no nosso lugar, outros com maior nível sócio-cultural. Passamos a ver mais inimigos do que víamos antes. “Vão trabalhar contra mim, vão apedrejar-me no primeiro erro.”

Adrenalina despejada no sangue antes que todos os fatos intrinsecamente ligados à responsabilidade que nos foi delegada possam ter se efetivado. Quando isso acontecer lembre-se desta situação que um dia enfrentei. Estava uma noite em uma casa na região da Pampulha em Belo Horizonte, na qual acontecia uma reunião de grupo familiar que era dirigida pela igreja da qual fazia parte. Na época eu era um recém freqüentador e admirava muito àqueles que, naquele lugar compartilhavam aquilo que sabiam da Palavra de Deus. Passaram-se cerca de seis meses e eu continuava a participar daquelas reuniões caseiras e acolhedoras. Numa das noites nenhum dos ministrantes pode comparecer e uma pergunta soou no meio da sala: - “Quem vai compartilhar a Palavra conosco hoje?” Hoje entendo bem porque os olhares de todos recaíram sobre mim. Alguém naquela sala ousou dizer: “Fernando, compartilhe uma Palavra de Deus conosco.” Minha barriga esfriou, a sudorese tornara-se percebida em minhas mãos, tremi na cadeira, mas disse sim aos presentes. Abri minha Bíblia e compartilhei com eles o que Deus estava falando comigo naqueles dias. Foi a primeira de todas as vezes, e de lá para cá nunca mais os meus lábios se fecharam para este ministério glorioso da Palavra.

Um desafio estava proposto e eu não fiquei pensando no que iam pensar de mim, no que iam ou não dizer de mim. Não me comparei com aqueles excelentes irmãos que compartilhavam a palavra em todas as ocasiões e não puderam estar ali naquela noite. Pensei que aquele era o momento de Deus preparado para mim e para os outros que esperavam ouvir coisas de pessoas mais experientes. Agi na visão da oportunidade que Deus estava me dando. Contei com a Sua ajuda e Sua suficiência.

Depois de disso fui para um seminário, aprimorei o talento que Deus estava me dando e procurei crescer, como ainda hoje procuro, para fazer melhor cumprir a missão que me foi confiada. Mas tudo começou com um desafio que Ele colocou no meu caminho. É por isto que eu gosto de desafios. Sempre que vejo um desafio sinto que estou mais perto de contemplar mais um dos milagres de Deus e isto é simplesmente muito mais do que motivador, é dinamite pura.

Enfrente os desafios que Deus tem para você e convide-O para ir junto, e depois se prepare para escrever muitos textos como esse.