AVENTURA MISTERIOSA EM BUDAPESTE

Era a manhã do dia 6 de dezembro. Estávamos hospedados no Hotel Mercure, em Budapeste.

Levantamos próximo das oito horas e fomos tomar um café no Starbucks. Comemos um croissant e tomamos café com leite. Tudo estava bem conosco.

Fomos visitar o mercado de Budapeste, a cerca de um quilômetro de distância.

Perto das treze horas resolvemos comer alguma coisa. Nas proximidades havia uma feira de produtos artesanais e comidas típicas. Numa das barracas havia salsicha e repolho roxo. Pedimos dois pratos e também uma bebida parecida com nosso quentão, uma espécie de vinho quente. Em seguida resolvemos ir até uma loja da The North Face que fica não muito distante.

No trajeto a Fátima reclamou que estava se sentindo tonta. Eu achei que também estava com um pouquinho de tontura, mas não falei a ela.

Entramos na loja onde ficamos por cerca de quinze minutos e resolvemos voltar ao hotel. Percebemos que a tontura estava aumentando e ao chegarmos ao Hotel resolvemos nos deitar. Em dado momento a Fátima reclamou que estava se sentindo muito mal e sua fala estava atrapalhada. Decidi levantar para pegar água. Foi quando percebi que eu estava completamente sem prumo e caí de costas sem conseguir reagir. A Fátima ficou apavorada. Achou que eu tinha sofrido uma síncope e saiu com muito esforço para pedir ajuda na portaria do hotel.

Na ausência da Fátima tentei ir também até a portaria. Entrei num cubículo onde não encontrava a saída. Bati no azulejo tentando chamar a atenção de alguém. Estava preso naquele pequeno espaço. Achei uma porta e a abri. Entrei num recinto onde havia algumas pessoas em completo silêncio. Retornei para onde havia saído e continuei a procurar uma saída. Achei outra saída e desta vez entrei num recinto igual ao anterior, só que ao invés de pessoas havia roupas com a forma de pessoas como se fosse alguma decoração. Na terceira tentativa entrei num recinto e vi nossas malas de viagem. Eu estava delirando. Entrava e saia do banheiro para o apartamento onde estávamos hospedados. Nisto, ouvi a voz da Fátima que havia chegado com alguém do hotel.

Chamaram uma ambulância e nos levaram para um pronto socorro. A sala de recepção estava lotada e várias ambulâncias chegavam trazendo pessoas com problemas.

Não sei se foi pânico ou efeito da droga, mas eu dava gritos desesperados constantemente.

O tempo foi passando e fomos melhorando até que em determinado ponto todo o mal estar havia passado.

Era véspera de nosso retorno. Tínhamos que sair cedo do hotel para o aeroporto. Pedimos atendimento prioritário em função da viagem, mas a atendente mostrou uma pilha de fichas de pacientes que estavam em nossa frente.

Iríamos perder o voo de retorno para o Brasil. Decidimos ir embora sem atendimento. Conseguimos um táxi e fomos para o nosso hotel. Chegamos as três e meia da madrugada.

Não sabemos o que aconteceu. Puseram droga na bebida? Com que intenção?

Alguma bactéria na comida? Não sabemos explicar.

Um mistério que jamais terá explicação.