O homem como ente essencialmente livre.

Observamos pelas leituras sobre Tomás de Aquino que o conhecimneto de Deus que nos leva a felicidade. E, o homem somente sente feliz quando é livre, mas sabemos que liberdade é algo conquistado, “ A liberdade é um dado, um dom inicial, mas há de ser conquistada e levada em sua plenitude e perfeição”. (JOSAPHAT, 1998, p.127), e também a nossa liberdade somente é existente até o espaço em que o outro ocupa, não somos livres totalmente “Ser livre é ter conhecimneto de fim e do que ele conduz, é julgar por si mesmo, com autonomia, do agir e do não agir, (...).” (JOSAPHAT, 1998, p.127) pois, vivemos em sociedade onde temos que respeitar normas e padrões sociais. “A vontade é livre. A liberdade da vontade é uma das exigências mais elementares da filosofia, e portanto ela não pode ser negada.(...)”. (AQUINO, SUMA TEOLOGICA).

“O livre arbítrio é a faculdade da razão e da vontade, que elege o bem e o mal.(...)” (AQUINO, 1980, p.205). Liberdade de usar a vontade para escolher entre fazer a coisa certa ou errada.

Portanto, temos livre arbítrio nas nossas escolhas sendo essas por instinto ou não, contudo não é por livre arbítrio e sim por instinto que buscamoa uma liberdade pautada na felicidade.(AQUINO,1980).

A liberdade é fundamental para a sociedade e também, para que haja uma convivência social em harmonia. Pois, a liberdade é forma de poder pensar, agir, ser, é ir contra os parâmetros sociais que aprisionam o homem, liberdade é poder agir dentro da verdade.

“Mas, em contrário, diz Ambrósio: O Espírito Santo distribui a cada um conforme quer, isto é, pelo livre arbítrio da vontade e não, por força da necessidade”. (AQUINO, 1980, p.205).

Percebemos, que a liberdade faz parte de nossas escolhas, podemos escolher o que no nosso conceito podera ser a felicidade, no entanto não coseguimos enxergar além das circunstâncias para realmente saber se essa escolha é a que motivará uma futura felicidade concreta , ou tanto esforço por uma felicidade momentânea que num futuro não mostrara como felicidade e sim mas, uma etapa errada cumprida da vida, pois a vida temos que ter sabedoria para joga-lo, e é um jogo e se não soubermos jogar não conseguiremos alcaçar a meta final. Pois, como Tomás de Aquino nos mostra que é um instinto natural buscar a felicidade e a liberdade.

(...) Diferentemente dos demais seres criados, que buscam seu bem por vias impulsivas, o homem pode exercer escolhas, na medida em que é, por natureza, um ser racional. O homem pode atingir seu fim sem os determinismos impulsivos, porque a liberdade lhe é constitutiva e guia até mesmo as suas necessidades. No pensamento tomasiano, os seres humanos são dotados de uma reta razão (recta ratio) que orienta suas livres escolhas.(...)(RAMPAZZO; NAHUR, 2015, p.15)

O homem, em seu contexto e em suas necessidades tem a liberdade de suas escolhas. “(...)Ser livre é poder escolher orientado por essa racionalidade natural da constituição humana.(...)”. (RAMPAZZO; NAHUR, 2015, p.15).

A liberdade depende muito da relação que existe com os outros, ou seja, a relação com a sociedade, pois sabemos que somos livres à partir do momento que podemos viver junto com o outro e cada qual podendo, mostrar quem somos, tendo a liberadade da relação com o outro. Como, Hegel nos mostra que, “A liberdade é um conceito pessoal, mas jamais pode simplesmente depender de si, depende da relação com os outros, com a comunidade, (...)”. (HEGEL, 1999, p.2155)

Contudo, entendemos que a liberdade é uma condição para conseguir alcançar a felicidade e, também necessidade de liberdade é ser livre. Consiste a liberdade na vontade mas, não em uma necessidade pois, esta é algo de conformidade. Portanto, aquele que é livre tem a noção de sua ação.