A Mulher

A Mulher

Sabemos do impacto que inicialmente o presente artigo pode causar, mas se o lermos com calma e sem tomar partido de um dos lados vamos verificar que além dele mostrar uma realidade ainda serve de alerta para as futuras mamães.

Viram os filhos de Deus, que as filhas dos homens eram formosas e tomaram-nas por esposas. Gênesis 6-2. Os deuses não resistiram à formosura, a graça e a beleza das mulheres humanas, e apaixonados, tiveram que tomá-las a força.

Assim, mitologicamente a submissão da mulher começou nos primórdios da raça adâmica e se estenderia pelos milênios sem muitas modificações até os nossos dias.

A religião que também teve origem na mitologia se apoiou nesta concepção e tratou de alimentar a opressão para manter a mulher sem acesso ao progresso cultural e social e sempre submissa ao homem, notadamente as sociedades e culturas orientais muçulmanas cuja tradição milenar continua a mesma.

Algumas civilizações um pouco mais abertas, até admitem que a mulher saia de casa sozinha, mas mesmo assim sob severa vigilância. De qualquer forma, desde as épocas primitivas, inclusive nas culturas greco-romana, e até os tempos medievais o papel principal da mulher foi sempre o de gerar filhos.

Mesmo nas terras do Novo Mundo, a melhor mulher era a parideira, aquela que tinha condições de ter muitos filhos e todos saudáveis para ajudar nos trabalhos da comunidade familiar.

Além de procriadora e de mãe a antiga mulher tinha que estar presente em todas as demais atividades da vida cotidiana, que era essencialmente rural, desde a ordenha nos estábulos, lavouras, capinas e roçadas de onde ajudava a tirar o sustento da família e a manter a posse e a conservação da propriedade.

Veja bem, que estamos falando da mulher comum, a mulher da plebe, visto que as mulheres da nobreza e da aristocracia, por ser uma minoria, pouco representavam em termos estatísticos, mesmo porque, viviam em um mundo em que não se falava em trabalho.

Na idade moderna, a mulher já aparece com uma relativa vantagem em relação a suas antecessoras. O seu trabalho, agora se restringe a cuidar da casa, dos filhos e do marido. Não que ela não ajude nos demais trabalhos sociais, mas passa a gozar de uma maior consideração, certos direitos e alguma segurança.

Apesar de haver ganhado algum direito a mulher ainda teve que se manter totalmente submissa ao seu marido e senhor, frente ao qual deveria se dirigir com permissão, de cabeça baixa ou em reverência formal, sim senhor ou não senhor.

Essa condição, imposta pela sociedade patriarcal, praticamente durou até o final do século XVIII quando um novo sol nascia no horizonte da revolução industrial que começou a absorver a mão de obra das muitas mulheres que já trabalhavam artesanalmente em casa e por conseqüência forçando-as há passar mais tempo dentro das fábricas.

Não podemos afirmar que já fosse uma liberdade, visto que a submissão ainda era uma condição imposta pela dependência tanto do emprego quanto do marido e que apesar de tudo viria a se complicar ainda mais a partir dos grandes conflitos mundiais.

Além da violência e do abuso de mulheres provocados pelo estado de beligerância, as guerras reduziram em muito o número de homens escasseando a mão de obra.

Com poucos homens e pouca força de trabalho a opção por mais mão de obra recaiu nas mulheres que tiveram que trabalhar nas construções para ajudar a re erguer as cidades devastadas.

A partir daí, a revolução industrial, agora a todo o vapor, começou a produzir a mulher operária que por continuar a ser explorada veio dar origem a muitos conflitos salariais e de ordem social.

Nessa nova condição a mulher que até então era apenas esposa e dona de casa, passa a viver mais tempo no trabalho e em conseqüência começam a surgir os conflitos dentro de casa com o marido e com os filhos de cuja pressão nasce o movimento feminista.

Não se pode negar que o jugo maior imposto até então a mulher sempre foi o econômico, sem dinheiro e sem ter para onde correr ela era obrigada a suportar muitos tipos de humilhação dentro da sua própria casa.

A revolução tecnológica trouxe serviços burocráticos mais leves, compatíveis e adequados a sua condição física e obrigou as mulheres, que até então, na sua grande maioria, era analfabeta ou semi-alfabetizada, a se escolarizar e a se tornar mais intelectual.

Poderíamos dizer que essa nova revolução veio dar o golpe de misericórdia no machismo que já vinha meio capenga desde a primeira guerra. Essa nova condição, alicerçada nos movimentos feministas desembocou na liberação total da mulher, e permitiu que ela se libertasse definitivamente do tanque e da cozinha.

Com maior escolaridade e com a independência financeira conquistada com o seu trabalho a mulher está completamente livre. Hoje ela tem seu próprio carro, seu apartamento e porque não dizer a sua própria vida.

Depois disso, o homem já não é mais chefe de nada, nem da mulher, nem da família, muito menos da casa, até porque, muitas vezes, a casa é da mulher e não dele.

Em decorrência dessa nova ordem, homens e mulheres se digladiam dentro da estrutura social por emprego, cargos e salários em igualdade de condições. E como cada um puxa a brasa para o seu espeto essa competição vem acentuando a aversão mútua entre homens e mulheres.

Os homens não admitem que as mulheres ocupem cargos de chefia nem que tenham melhores salários que os seus e as mulheres que foram sempre submissas já não aceitam serem contrariadas em suas decisões.

Provavelmente por causa disso, está surgindo um novo comportamento social forçando uma mudança radical nos costumes, alterando as normas de convivência e modificando totalmente o modelo familiar primitivo.

Ora, se as mulheres já não se unem e nem se entendem com parceiros homens, nem os homens com as suas parceiras mulheres na busca de uma união pela sobrevivência é natural e até aceitável que ambos busquem apoio, soluções econômicas e mesmo relações afetivas entre elementos do mesmo sexo.

Essa liberação geral que a moderna civilização vem adotando se reflete tanto na sociedade quanto nas religiões que já admitem pacificamente as estranhas uniões.

Analisando friamente a questão somos forçados a admitir que apesar dos avanços conquistados na busca do seu espaço, de viver submissa na sociedade patriarcal, explorada na sociedade industrial e de haver decretado a sua liberdade na revolução tecnológica, a mulher é ainda, escrava das suas obrigações, da luta conjunta pela sobrevivência e pela perpetuação da espécie.

A mulher que na antiguidade, só cuidava da casa, dos filhos e do marido, hoje acumula essas funções e mais a sobrecarga do trabalhar fora pela sua própria sobrevivência, porque o marido, quando aparece, é só para dormir.

Hodiernamente as mulheres que trabalham fora estão numa situação bastante complexa e curiosa, são livres, mas não tem liberdade, tem liberdade, mas não são livres.

Isso, dentro de um contexto mais ortodoxo, parece um contra censo por que, segundo nos parece, a liberdade da mulher consistiu em apenas poder sair de casa para trabalhar, visto que de resto, continua tão submissa quanto antes.

Quando falamos em submissa, queremos dizer atender ao marido, cuidar dos filhos, da administração da casa e mesmo que viva sozinha, pela sua própria condição feminina, está sempre mais sujeita a situações peculiares como assédio, discriminação e a própria violência física que pode ser praticada tanto por homens quanto por outras mulheres. Todavia, não queremos dizer com isso que a mulher não saiba ou não possa se defender, pelo contrário, se defende e muito bem.

Considerando que toda a ação gera uma reação, a tão sonhada liberdade, e conquistada à duras penas pelas mulheres, colocou-as em contrapartida, diante de três opções, optar por ser mãe e dona de casa, se tornar definitivamente liberal e independente ou tentar conciliar casa e trabalho.

Algumas, por precaução ou por convicção preferiram manter-se exclusivamente, no seu canto, ao lado do marido e dos filhos. Outras, mesmo correndo todos os riscos da sua opção se decidiram pela liberdade total, abandonaram maridos e filhos e hoje não querem nem pensar em viver com alguém sob um mesmo teto e, muito menos, ter filhos.

Mas a grande maioria preferiu e prefere tentar conciliar casa e trabalho. É exatamente por isso, que daqui a diante vamos nos ocupar com as mulheres que preferiram trilhar pelo caminho mais difícil o da conciliação entre a família e o trabalho.

Como tudo tem um custo, as mulheres que optaram por essa trilha, quem sabe, até inconscientemente, pagaram e estão pagando o mais alto custo.

Mas afinal, que custo é esse? Ora minha cara, na formação desse custo estão às perdas afetivas com o isolamento da família, a deficiente formação moral dos filhos que sozinhos fazem o que querem, a individualização e os constantes atritos dentro de casa provocados pelas ausências.

É evidente, que esse custo é naturalmente proporcional ao tempo em que a mulher fica fora de casa, mas aqui somos obrigados a ser radical, o trabalho de meio expediente é perigoso, mas o tempo integral é fatal para acabar com a estabilidade de um relacionamento.

Por isso, as primeiras mulheres que tentaram fazer essa conciliação, tiveram sérios problemas, algumas perderam os maridos e outras o emprego.

O que queremos dizer é que em regime de trabalho integral, a mulher, mesmo que se esforce, não consegue ter qualquer laço ou ligação mais efetiva ou afetiva com os filhos e muito menos pode dar muitas satisfações ao marido.

Sim é isso mesmo, horário e obrigações com a casa ou filhos, nem pensar, as viagens, reuniões, cursos, palestras, jantares de negócios, clientes e o próprio trabalho não permitem a dispensa de um tempo nem uma atenção maior para a família.

E é exatamente por tentar conciliar e satisfazer as duas condições ao mesmo tempo, como ser mãe e trabalhadora, é que a maioria dessas mulheres, conscientemente ou não, são as responsáveis pela maioria dos males que afligem as nossas crianças, jovens e adolescentes, como as drogas e a marginalidade.

Para estribar a nossa afirmação, começamos com uma inequívoca constatação, de que toda a mãe que trabalha fora é obrigada a deixar seus filhos numa creche ou com a empregada para poder ir à luta.

Aparentemente tudo certo e imutável, só que a partir do momento em que ela entrega o seu filho a uma merendeira, empregada ou numa creche, estas passam a ser a mãe de fato e com direito a ensinar o que lhes der na telha e a impor, ao seu pequeno filho, castigos e recompensas, de acordo com o seu julgamento.

Na luta pela sobrevivência e pela manutenção do emprego, muitas vezes, quando a mulher está chegando o marido já está saindo e quando ambos saem de casa ao amanhecer só retornam a noite.

Cansados e muitas vezes mal humorados em razão de problemas no próprio trabalho ou no trânsito, um senta-se em frente à TV para se distrair e o outro vai para o computador ou celular abrir e responder e-mails.

E os filhos? Ah, amanhã antes de sair passo no quarto deles e dou um beijo em cada um, enquanto dormem. Ora se por causa da atividade os próprios filhos estão sendo ignorados e deixados de lado, é evidente que cada vez que um sai para o seu trabalho, os laços da união, entre marido e mulher, também vão se desfazendo.

Uma vez extintas as ligações afetivas e emocionais, sem amor nem carinho, o casamento como elo de união que é, deixa de existir e os problemas afetivos, financeiros, de incompatibilidade de gênio ou até de ciúmes que antes eram contornados, agora explodem com toda a violência, tornado a situação dentro de casa praticamente insustentável.

Apesar disso, a maioria dos casais, trabalhadores, mesmo vivendo entre tapas e beijos, ainda consegue criar os seus filhos e muitas vezes por motivos econômicos ou para evitar traumas nas famílias, esconde da sociedade a crise conjugal e protelam a decisão de uma separação.

Mas que ninguém se engane, essa aparente calma entre marido e mulher dentro de casa, não quer dizer que ambos estejam conformados com a situação, mesmo porque, a grande maioria dos inconformados, longe dos olhares indiscretos, busca no aconchego de outros braços e abraços a compensação das perdas afetivas.

Isso nos remete a ponderar que dado as condições e exigências da vida moderna em que tanto o homem quanto a nulher tem que lutar para conquistar seus objetivos e o seu lugar ao sol é recomendável que essa luta e conquista seja livre e individual.

Em outras palavras, quem quiser se dedicar exclusivamente ao seu trabalho e ao seu crescimento pessoal e profissional, que não case e nem tenha filhos.

E quem, sendo casado, se decidir por este caminho deve primeiro se desvincular dos laços matrimoniais e afetivos para não impor sacrifícios aos filhos, nem constrangimentos ao cônjuge.

Fazemos essas observações porque, salvo raríssimas exceções, não pode existir harmonia no lar de um casal de trabalhadores em que a mulher sai para almoçar com o chefe ou cliente e o homem seguidamente janta com a sua secretaria ou com a sócia.

Por outro lado, é evidente, que quando dizemos que não devem ter filhos nos referimos as mulheres que estejam empregadas e já sabem da dificuldade que terão para conciliar trabalho e filhos. Porém quando já sendo mães e, de um momento para outro, precisem trabalhar a situação é outra.

Quanto aos relacionamentos afetivos entre homens e mulheres que trabalham fora, as nossas pesquisas mostram que chega a mais de 75% e que quase na mesma proporção as mulheres bem sucedidas em áreas mais concorridas como juízas, ministras, pesquisadoras, antropólogas, cientistas, executivas e tantas outras, são solteiras, divorciadas ou livres, situações essas que ninguém pode contestar. O que queremos dizer é que uma mulher casada ou com filhos raramente consegue se projetar profissionalmente numa área mais competitiva.

Agora, se você considerou esse texto machista só porque quase não falamos da responsabilidade do homem, devemos dizer que isso nem seria preciso visto que ter filhos é uma opção da mulher e não do homem, que, aliás, raramente vê com bons olhos a chegada de um bebê, mesmo assim muitos homens cuidam bem melhor dos filhos que muitas mulheres.

Por outro lado, não esqueça que antes de tudo recomendamos que a mulher que trabalha pense bem antes de ter um filho e que preferencialmente não o tenha. Assim, a partir do momento que a mulher trabalhadora optar pela maternidade a responsabilidade pelo abandono do filho passa a ser exclusivamente dela. Como dissemos, é muito cômodo ter filhos de depois coloca-los numa creche o dia inteiro.

Para encerrar, lembramos que esse artigo é mais um alerta que uma crítica ao casamento, mas que serve de lembrete para evitar que mulheres entrem ingenuamente num relacionamento do qual, quase sempre, saem machucadas e mais pobres.

Se tivéssemos que falar mais alguma coisa, lembraríamos do filho de pais e de mães que trabalham fora e que na maioria das vezes vai e volta sozinho da escola e quando chega encontra uma casa vazia sem alguém para lhe dar um abraço ou fazer um curativo no arranhão que levou no colégio.

Jhon Macker
Enviado por Jhon Macker em 16/08/2017
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