VOCÊ PRATICA “SINCEROCÍDIO”?

Você é daquelas pessoas que fala o que pensa, onde esteja, e para qualquer um que esteja a sua mesa? Sim? Não? Então, há inúmeras pessoas que se gabam por serem assim, quer dizer, “sinceras” demais. Gente que literalmente diz o que vem à cabeça. Não filtrando nada antes de falar o que pensa. Por alguns anos, idos de 90 eu trabalhei com um homem de meia idade (mais ou menos uns 43 anos), que sempre me dizia: Sidney ,eu sou sincero mesmo. Doa a quem doer. Não gostou problema da pessoa. E, eu ainda jovem o admirava por esta coragem. Só que com o passar dos anos e um pouco mais maduro, vejo que ser sincero ainda continua sendo algo muito bom, aliás, excelente, e, quem o é demonstra a mim caráter e verdade. No entanto, como tudo que é exagerado torna-se ruim, existem inúmeras outras que se intitulam super sinceras a ponto de praticarem aquilo que denominei chamar de: “sincerocídio”, ou seja, capacidade de matar em massa com palavras tudo e todos não importando quem, onde e como. Vejamos: Quantos não sãos os relacionamentos conjugais, as amizades, as relações profissionais e entre filhos e pais, que não estão “mortos” por conta do tal “sincerocídio”? Com certeza muitos. São amigos que magoam e ferem. Cônjuges que destratam. Chefes que humilham. E, pais e filhos que se odeiam por conta dela, a tal sinceridade. Novamente a de se reiterar quer ser sincero é uma excelente qualidade. Felizes são aqueles e aquelas que conseguem ser autênticos com capacidade. Mas, quando há exagero no que se fala, sem filtrar e raciocinar antes isso pode “matar” quem dizemos tanto amar. Sabe por quê? Porque pessoas possuem sentimentos, valores éticos, religiosos e morais, medos, dúvidas e outros, que a depender das palavras que são usadas contra elas, suas vidas podem nunca mais ser a mesma. Eu mesmo vez por outra pratico o “sincerocídio”. Mas sei que isso é errado. Porque creio que há modos, jeitos, timbres de voz e palavras adequadas para a sinceridade. É perfeitamente possível falar sim, não, posso, vou e não vou, sem magoar e ferir. Portanto, meus caros e caras, que tal sermos sinceros sem sermos sincerocidas?

Danilo D
Enviado por Danilo D em 15/07/2017
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