NO MEU TEMPO...

*Elias Alves Aranha

Nasci antes do radar, dos cartões de créditos, raio laser, e canetas esferográficas que chegou ao Brasil no final da década de 1940 na Galeria das Canetas, em SP, importada e cara só rico comprava.

Antes das máquinas de lavar pratos, secadores de roupas, panela elétrica, cobertores elétricos, ar condicionados e antes do homem andar na lua. Os jovens casavam primeiros e só depois moravam juntos.

Aos olhos de hoje éramos muito estranho! Não é mesmo?

Nasci antes dos direitos dos "gays", da "produção independente" de filhos, da terapia de grupos, dos Spas, dos Flat e de carros à álcool, carros com ar, vidro e direção elétrica. Tevê colorida (A televisão no Brasil foi inaugurada em 18 de setembro de 1950),

Nem ouvia falar em fita cassete, videocassete, karaokê, máquina de escrever elétrica, vídeo games, computadores (só no exterior), nos anos 1980, o monitor colorido foi criado. Telefone sem fio, celular.

Não se via rapazes de brincos.

Quando fui rapaz se fumava cigarro, "erva era para fazer chá", coca era refrigerante pó era sujeira.

"Embalo" era como se fazia as crianças dormirem, "lambada" era chicotada, "fio dental" servia para limpar os dentes e "malhar" era coisa de ferreiro.

As pessoas contentavam com o que tinham.

Fui da ultima geração tão boba, e ingênua, a ponto de pensar que se precisava ter uma esposa, que a mulher precisava de marido para ter um bebê. Cassava-se um político por corrupção moral (quando assediava uma servidora)

Não é de se espantar que sejam tão confusos e há grande lacuna entre as gerações.

Mas eu vivi, E, continuo a viver apesar das próximas invenções.

Tenho dentro de mim uma força intensa que não é a invenção dos homens, nem privilégio dos novos tempos. DEUS!

Elias Aranha
Enviado por Elias Aranha em 07/06/2017
Reeditado em 12/03/2024
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