O goleiro Bruno sua condenação social e psicológica.

Muito difícil à sociedade aceitar a ressocialização de uma pessoa que praticou um crime bárbaro. O caso específico do goleiro bruno.

Sou ateu, não tenho nenhuma motivação para defender o ser humano, a não ser pelo aspecto humano, o fato de ser o homem sapiens.

Um dos aspectos, a sociedade contemporânea, não tem o mínimo sentimento pelo outro, pelo contrário ódio.

Com efeito, o ódio que a sociedade tem ao goleiro Bruno, não refere especificamente ao crime.

Todavia, ausência do sentimento humano, a mais absoluta incapacidade ideológica do entendimento dos fatores psicológicos criminosos como doença, lastro antropológico ao mecanismo civilizatório.

Portanto, não que o goleiro Bruno merecesse alguma misericórdia, o que de fato não merece.

Porém, a reação negativa ao goleiro, como alguém que volta ao mundo do trabalho. A recusa social ao clube acolhedor, retrata muito mais o estado patológico social da sociedade brasileira.

Não uma ação psicológica normal como produto da saúde mental coletiva.

Encontrar alguém humanista hoje, praticamente impossível. Desse modo, a doença psicológica que levou Bruno assassinar sua namorada é semelhante de quem ataca sua ressocialização temporária.

Quanto ao ministro do Supremo, ele é correto, não existe justiça sem lei, o que diz a lei, ninguém pode ser condenado enquanto não for julgado em última instância, o Bruno deve esperar o julgamento em liberdade.

Portanto, ele voltará a cadeia. Porém, enquanto tiver em liberdade, tem direito ao trabalho, a sociedade não pode reagir contrariamente, a esse direito, a não ser fruto de uma psicopatia coletiva.

O que significa afirmar o grau de doença social psicológica da sociedade política. O assassinato e recusa a socialização, o fato empírico concreto.

A segunda análise, a normalidade no que determina a estrutura da formação psicológica funcional no limite entre o que errado ou certo.

Fatores do instinto humano, como forma de defasa, invade o comando psicológico entre todos aqueles que de algum modo sentem atacados.

A questão subliminar da defesa psicológica, como reação, algo mais profundo que o entendimento da psicanalise.

O comando racional e o mundo do instinto funcionam do mesmo modo em relação ao crime e de certa forma, na defesa psicológica da racionalidade, lógicas incompreensíveis ao mundo do afeto.

Objetivamente, muito difícil encontrar critério para saúde mental, logicamente que o crime praticado pelo goleiro Bruno foi bárbaro, condenável.

Entretanto, o que é doentio por parte da sociedade desejar a recusa a sua sociabilidade mesmo que seja na parcialidade da pena cumprida.

A reação como fator concomitante aos mesmos elementos psicológicos do crime praticado. Desse modo, o efeito, como resultado de uma sociedade doente e inviável psicologicamente como processo civilizatório.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 14/03/2017
Reeditado em 14/03/2017
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